Datafolha: Tramonte (19%) e Leite (12%) lideram em disputa embolada em BH
Deputados estaduais também são os mais conhecidos pelos eleitores a três meses das eleições
O deputado estadual e apresentador de TV Mauro Tramonte (Republicanos), com 19% das intenções de voto, e o deputado estadual João Leite (PSDB), com 12%, lideram a primeira pesquisa Datafolha à Prefeitura de Belo Horizonte para as eleições de 2024.
Com a margem de erro do levantamento de quatro pontos percentuais, eles estão tecnicamente empatados na liderança da escolha dos eleitores. Já no cenário que considera Leite fora da disputa, Tramonte aparece isolado na frente, com 23%, a três meses das eleições municipais.
O Datafolha ouviu 616 eleitores de Belo Horizonte de terça (2) a quinta (4) desta semana. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Apesar de oficialmente ser um pré-candidato, Leite ainda não definiu se irá se lançar à prefeitura. As definições das candidaturas devem acontecer até o dia 5 de agosto, data-limite definida pela Justiça Eleitoral para as convenções partidárias.
Na sequência do levantamento, vêm os dois principais pré-candidatos que disputam o voto da esquerda: Duda Salabert (PDT), com 10%, e Rogério Correia (PT), que marca 8% e é apoiado pelo presidente Lula. Eles estão empatados tecnicamente com os outros candidatos considerados na pesquisa.
O senador Carlos Viana (Podemos) também pontuou 8%, enquanto Bruno Engler (PL), postulante apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aparece com 7%.
O atual prefeito Fuad Noman (PSD) foi citado por 6% dos entrevistados, e Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, por 4%.
Indira Xavier (UP) e Luísa Barreto (Novo), candidata apoiada pelo governador Romeu Zema (Novo), aparecem com 1%. Wanderson Rocha (PSTU) não pontuou. Declaram votos em branco ou nulo 13%, e 9% não opinaram.
No segundo cenário, que exclui das opções apresentadas aos eleitores as candidaturas de João Leite e Duda Salabert, Tramonte é seguido por Carlos Viana (13%), Rogério Correia (11%), Fuad Noman (9%) e Bruno Engler (8%).
Também foram citados pelos eleitores Gabriel Azevedo (5%), Luísa Barreto (2%), Indira Xavier (2%) e Wanderson Rocha (1%).
Neste segmento, 17% dos eleitores votariam em branco ou anulariam, e 10% não opinaram.
Líder das intenções de voto, Mauro Tramonte também aparece à frente no conhecimento dos eleitores dos candidatos a prefeito. Ele é conhecido muito bem por 34% dos entrevistados, enquanto 30% o conhecem um pouco. João Leite vem em seguida, com 30% nos dois critérios.
O atual prefeito Fuad Noman é desconhecido por quase metade (48%) da população belorizontina. O fator é considerado a maior dificuldade para a candidatura do atual prefeito engrenar nas pesquisas e chegar ao segundo turno.
Na quinta-feira (4), Noman anunciou que foi diagnosticado com um linfoma não Hodgkin. Ele afirmou que já iniciou o tratamento e que seguirá à frente da prefeitura, assim como na pré-campanha para a reeleição.
Tramonte também é o candidato menos rejeitado pelos eleitores de Belo Horizonte, conforme o Datafolha. Ele citado por 15% dos entrevistados que foram questionados sobre qual candidato eles não votariam de jeito nenhum à prefeitura.
Leite lidera numericamente em rejeição, com 25%, mas é acompanhado de perto pelos outros considerados no levantamento: Salabert (23%), Engler (23%), Noman (22%), Rocha (21%), Azevedo (20%) e Correia (19%).
Na pesquisa de voto espontânea, aquela que não apresenta os nomes dos candidatos ao eleitor, há um cenário de empate entre Mauro Tramonte (4%), Bruno Engler (3%), Rogério Correia (3%), Fuad Noman (3%) e Duda Salabert (2%). 1% indicou que votaria no atual prefeito, que é Noman, e 5% apontaram outras respostas.
Neste levantamento, 73% não souberam responder e 7% indicaram que votariam em branco ou nulo.
Entre os principais problemas da cidade apontados pelos eleitores, aparecem saúde (23%) e transporte público (17%). No levantamento também foram citados segurança pública (11%), trânsito (10%) e educação (7%).
As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção de voto dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial. O primeiro turno está marcado para 6 de outubro.