YouTube remove vídeo em que Bolsonaro defende voto impresso

Saiu do ar uma entrevista à Rádio Jovem Pan Maringá, concedida em 12 de agosto de 2021

Mais um vídeo foi removido do canal do YouTube do presidente Jair Bolsonaro (PL). Dessa vez, saiu do ar uma entrevista à Rádio Jovem Pan Maringá, concedida em 12 de agosto de 2021.

Em nota à reportagem, o YouTube afirmou que “tem elaborado um sólido conjunto de políticas e sistemas – incluindo a Política de Integridade Eleitoral e Supressão de Eleitores, atualizada recentemente – para dar visibilidade a conteúdo confiável, reduzir a disseminação de informações enganosas e permitindo, ao mesmo tempo, a realização do debate político”.

A entrevistada foi gravada e replicada no canal de Bolsonaro. Nela, o presidente defendeu o voto impresso, repetiu ataques ao então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, e fez, sem provas, alegações infundadas de fraudes em eleições passadas.

“Eu quero, se perder a eleição, entregar a faixa e cumprimentar, desejar sorte, e ir cuidar da minha vida. Agora, da forma como está, parece que estão conduzindo para eleger aquele cara que até pouco tempo estava preso”, disse, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O chefe do Executivo, na época, insinuou que iria a manifestações de 7 de setembro, o que de fato aconteceu. No feriado, Bolsonaro fez declarações de tom golpista e xingou o ministro Alexandre de Moraes de “canalha”.

A remoção do vídeo pelo YouTube foi apontada pela Novelo Data. A plataforma de monitoramento afirmou que esse é o 35º conteúdo de Bolsonaro retirado do ar pela rede social.

“Na teoria, as regras do YouTube determinam que uma punição do tipo deixaria o canal bloqueado por 1 semana”, escreveu Guilherme Felitti, fundador da Novelo Data.

Apesar de questionadas por Bolsonaro, as urnas eletrônicas são auditáveis e testadas com regularidade sobre sua segurança. Já foi constatado que os dados principais são invioláveis e não podem ser infectados por vírus que roubem informações. O TSE afirma que não há indícios de fraude em eleições desde 1996, quando as urnas eletrônicas foram adotadas.

Sair da versão mobile