Weintraub culpa 'centrão-militares' por compra de Viagra nas Forças Armadas – Mais Brasília
FolhaPress

Weintraub culpa ‘centrão-militares’ por compra de Viagra nas Forças Armadas

O Tweet foi apagado minutos depois

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub culpou nesta terça-feira (12/4) o que ele chama de “aliança centrão-militares” pela compra de 35 mil comprimidos de Viagra para as Forças Armadas. O medicamento é tipicamente usado para tratar disfunção erétil.

Nas redes sociais, Weintraub defendeu a convocação de generais para explicar a compra do Viagra. “Caso a explicação não fosse muito boa, recomendaria seu rebaixamento”.
“Esse é mais um exemplo da Aliança Centrão-Militares que humilha nossas Forças Armadas”. Na mensagem, ele acrescentou que a maioria das pessoas nas Forças Armadas são “corretas”.

O tweet foi apagado minutos depois.
Os deputados federais Elias Vaz (PSB-GO) e Marcelo Freixo já anunciaram que vão acionar o MPF (Ministério Público Federal) para investigar a compra de Viagra pelas Forças Armadas.
Weintraub é ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ontem, em resposta a um seguidor, o ex-ministro lamentou ter sido preterido pelo presidente e ironizou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que recentemente defendeu a aliança entre os militares e o Centrão no governo.

WEINTRAUB CRITICA BOLSONARO E DEFENSE VITÓRIA DE LULA
Na semana passada, circulou nas redes sociais um áudio em que Abraham Weintraub critica as alianças feitas por Jair Bolsonaro ao longo de sua gestão. Em determinado ponto, o ex-ministro parece defender a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito presidencial deste ano: “Ou é com Lula, ou a gente continua piorando”.
“O presidente Bolsonaro, ao se aliar ao centrão, transformou um sonho que a gente tinha, de mudança no país, em um pesadelo. Porque hoje, ou é com Lula, ou a gente continua piorando, porque com ele [Bolsonaro] vai continuar piorando”, declarou.

“Historicamente, o segundo mandato de um presidente costuma ser pior do que o primeiro, não é no Brasil, é no mundo inteiro. Um segundo mandato do presidente Bolsonaro, mais fraco do que o atual, vai ser um horror. Então hoje, eu vejo isso, o melhor cenário é ruim, e a gente tem que se preparar para a resistência”, acrescentou no áudio.
Após a repercussão do áudio, o ex-ministro afirmou que “jamais apoiaria” o petista.

TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO
Após a repercussão do caso, a Marinha respondeu que os processos de aquisição são para o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, “doença grave e progressiva que pode levar à morte”. O Exército também apresentou a mesma justificativa, dizendo que os hospitais da corporação, que atende os militares e seus dependentes, devem ter o medicamento para tratar a condição.

De acordo com Veronica Amado, pneumologista coordenadora da Comissão de Circulação Pulmonar da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), a dosagem de 25 mg como a do Viagra, não é a prevista na literatura para tratar a condição.