Skaf diz que concorrerá ao governo de SP com apoio de Bolsonaro se Alckmin desistir
Presidente da Fiesp também tem falado que chegada de Datena ao PSD embaralha seus planos

Paulo Skaf (MDB) tem relatado a aliados que a chegada de José Luiz Datena ao PSD pode embaralhar seus projetos para 2022. O plano A do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é concorrer ao Senado pelo PSD, com Geraldo Alckmin (PSDB, de saída provável para o PSD) como candidato a governador.
Skaf crê que será apoiado por Jair Bolsonaro e conseguirá um armistício entre Alckmin e o presidente na campanha, já que a prioridade de Bolsonaro é que o tucano Rodrigo Garcia, aliado de seu antagonista João Doria (PSBD), perca a disputa.
Como Datena chega com a intenção de disputar o Senado, Skaf pode não se filiar ao PSD e então concorrer ao Senado por um partido da base bolsonarista, como o Republicanos, que já o convidou.
Skaf deixa claro que se Alckmin desistir de ser candidato a governador de SP, ele concorrerá, com o apoio de Bolsonaro. Próximo do presidente, ele foi nomeado para o Conselho da República em fevereiro.
O cenário incerto no PSD fez com que Skaf pedisse para, por enquanto, não contarem com ele em evento em Limeira no final do novembro com Alckmin e Márcio França (PSB), dado que o trio que tem se lançado pré-eleitoralmente em conjunto.
Em setembro, evento com os três e Gilberto Kassab, presidente do PSD, em Cajamar, cidade da região metropolitana da capital paulista, foi visto como pontapé inicial da pré-campanha de Alckmin para o governo de SP.
Por Camila Mattoso