Romário diz que prefere Bolsonaro a Lula e que antes o ‘país estava uma merda’
Parlamentar deu declaração em entrevista
O senador Romário Faria (PL-RJ) prefere Jair Bolsonaro (sem partido) a Lula (PT) e, ainda que tenha críticas à atual gestão, acha que o Brasil está melhor hoje do que nos anos petistas.
“Antes de Bolsonaro, nosso país estava uma merda do caralho”, disse o ex-jogador de futebol em entrevista ao “Cara a Tapa”, canal no YouTube do jornalista esportivo Rica Perrone.
O papo começa sobre futebol, mas lá pela metade da entrevista de quase uma hora o entrevistador entra na seara política. É quando Romário deixa clara sua predileção pelo bolsonarismo.
Não que poupe o presidente, que para ele teve condutas erradas durante a pandemia da Covid-19.
“Cara, eu faço parte de um partido [PL] que, hoje, ele é Bolsonaro”, diz. “Se você me perguntar o que eu acho disso, acho que o Bolsonaro é um presidente que tem feito coisas positivas pro nosso país. Erra em alguns momentos, principalmente nesses últimos dois anos, com a pandemia. Deixou de ter algumas ações. Na minha opinião falou algumas coisas que poderia não ter falado…”
Perrone questiona nessa hora: “Ele se embananou muito, né?”.
O ex-futebolista, campeão mundial em 1994, concorda, mas logo sai em defesa do presidente, seu colega no Congresso entre 2011 e 2014, quando os dois eram deputado.
“Tomou algumas decisões que poderia não ter tomado. Mas eu, particularmente, convivi com Bolsonaro nos quatro anos de deputado federal, ele estava lá ainda. E o Bolsonaro é um cara muito sério, isso eu posso afirmar. Um cara que tem coragem, que não tem medo de se posicionar. Isso ele trouxe isso para a Presidência. Antes de Bolsonaro, nosso país estava uma merda do caralho.”
Disse, em seguida, que se a eleição fosse hoje ele votaria pela reeleição do atual ocupante do Palácio do Planalto.
Romário também afirmou que, no começo de sua carreira política, chegaram-lhe ofertas de propina e outros atos de corrupção. Logo os dispensou, diz.
O senador diz que suas bandeiras preferenciais são educação, esporte, saúde e pautas ligadas à proteção de pessoas deficiência –ele tem uma filha de 16 anos que é portadora da síndrome de Down.
“Eu não sou aquele cara que, ‘pô, vou falar da Amazonas (sic), da Petrobras, enfim, de assuntos que eu não tenho total conhecimento pra falar.”
Mais adiante na conversa, Romário lamenta: “Infelizmente no Brasil hoje falar de política tá chato, sabe por quê?”.
Dá como exemplo a própria entrevista com Perrone. Acabou de falar que gosta de Bolsonaro, “de pessoas com personalidade”, e já sabe: “A esquerda vai me dar porrada”. Como também afirmou que o presidente errou em colocações e decisões, a direita lhe reservará tratamento similar.
“Posso fazer o que? Foda-se, tenho que falar”, afirma. “A gente tá passando do limite, tudo é cancelado.”
Por Anna Virgínia Balloussier