PM de SP apreende R$ 500 mil de irmão de Alcolumbre em carro
As duas sacolas de dinheiro foram apreendidas pela polícia, que vai investigar caso
Policiais militares de São Paulo apreenderam na madrugada desta sexta (25) cerca de R$ 500 mil em um veículo ligado ao irmão do senador David Alcolumbre (DEM-AP), o advogado Alberto Samuel Alcolumbre Tobelem.
Como a origem do dinheiro não foi esclarecida, as duas sacolas de dinheiro foram apreendidas pela polícia, que vai investigar caso.
De acordo com a PM, equipes da PM faziam uma operação de bloqueio na zona norte da capital quando o motorista de um veículo, ao avistar as viaturas, parou no meio da via e deu marcha ré para tentar fugir.
Os policiais perseguiram o carro e conseguiram abordá-lo momentos depois. No porta-malas estava as malas de dinheiro.
De acordo com a polícia, o motorista disse que o dinheiro havia sido entregue a ele por Alberto Samuel, que foi chamado até o local.
Segundo explicou o irmão do senador, o valor seria referente ao pagamento de uma consultoria jurídica, cujo advogado contratado pediu para o motorista buscar com ele.
Alberto Alcolumbre disse ainda aos policias que tem como comprovar a origem lícita do dinheiro e que o fará ainda nesta sexta-feira por meio de seu advogado. A quantia exibida foi contabilizada em R$ 499.970.00 sendo formalmente apreendida para posteriores deliberações.
Por meio de sua assessoria, o senador David Alcolumbre informou que ficou sabendo da apreensão do dinheiro pela manhã. Disse que os valores são referentes ao trabalho de advocacia do irmão, que o próprio vai explicar ao longo do dia.
A assessoria informou ainda que o escritório de Alberto Alcolumbre fica ano Amapá, mas ela não soube informar em qual ramo da advocacia o irmão do senador trabalha.
No mês passado, a Polícia Federal concluiu uma investigação na superintendência do Amapá em que imputa ao ex-deputado estadual Isaac Alcolumbre os crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa.
Isaac é primo do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e chegou a ser preso em outubro de 2021 na fase ostensiva da operação Vikare.
A PF avançou na investigação sobre uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas que tinha entre os fornecedores integrantes da guerrilha que domina a região na fronteira entre Colômbia e Venezuela.
O grupo tinha o Amapá como base operacional e atuava na importação e transporte de entorpecentes com o uso de aeronaves.
O primo do senador entrou na mira dos investigadores após interceptações telefônicas e diligências a campo indicarem um aeródromo de sua propriedade como base dos traficantes na capital amapaense.
Por Rogério Pagnan