PF nega manobra para proteger convocados da CPI da Covid
Polícia Federal divulgou nota nesta terça (13/7), na qual informou que as investigações atende às disposições constitucionais e legais
A Polícia Federal (PF) divulgou nota nesta terça-feira (13/7) na qual afirmou que a investigação sobre as suspeitas de irregularidades no processo de compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde “atende às disposições constitucionais e legais”.
“A produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a outras investigações em andamento sobre o caso”, diz o comunicado.
Foi uma reação da PF às declarações de senadores que integram a CPI da Covid. Mais cedo, parlamentares levantaram suspeitas sobre o uso político da corporação.
Algumas testemunhas convocadas pela comissão têm reivindicado o direito ao silêncio nos interrogatórios sob o argumento de estarem sendo investigadas pela polícia, o que as desobriga a falar a verdade.
Nesta terça, por exemplo, a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, mencionou um depoimento prestado à polícia no dia anterior para se recusar a responder às perguntas.
Leia a íntegra da nota da PF:
“Sobre a investigação que apura a possível ocorrência de crimes referentes ao processo de compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, a Polícia Federal esclarece:
1. A investigação atende às disposições constitucionais e legais, o que inclui o prazo regular para a sua conclusão;
2. A produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a outras investigações em andamento sobre o caso;
3. A PF possui métodos e estratégias próprios de investigação, devidamente supervisionados pelo Poder Judiciário e reconhecidos nacional e internacionalmente;
4. Instituição de Estado, a Polícia Federal trabalha de forma isenta e imparcial, em busca da verdade real dos fatos, sem perseguições ou proteções de qualquer natureza.”