PF aponta peculato e lavagem de Maranhãozinho em desvio de emendas

As conclusões da PF serão avaliadas pela PGR

A Polícia Federal concluiu que o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL-MA) está por trás de um suposto esquema para desviar dinheiro de emendas parlamentares destinado a municípios do Maranhão.

Em relatório entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada, os investigadores atribuíram a ele os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O documento foi enviado ao ministro Ricardo Lewandowski, relator do inquérito na corte. As conclusões da PF serão avaliadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Maranhãozinho foi flagrado em outubro de 2020 manuseando uma grande quantidade de maços de dinheiro em seu escritório político, em São Luís.
As cenas foram captadas por uma câmera de vídeo instalada no local pelos policiais federais após autorização judicial.

Em nota enviada por sua assessoria, o deputado afirmou que “sempre se colocou à disposição dos órgãos de apuração, sendo certo, ainda, que sua conduta sempre foi pautada na legalidade”.
O parlamentar é presidente estadual do PL, partido que filiou o presidente Jair Bolsonaro e seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, e é comandado por Valdemar Costa Neto, condenado no escândalo do mensalão do PT.

De acordo com as apurações, prefeituras sob a influência política de Maranhãozinho beneficiadas com as verbas contratavam empresas de fachada ligadas ao deputado. Estima-se que a fraude pode ter gerado prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.

Por Marcelo Rocha 

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