PDT vai distribuir 2.000 rosas na avenida Paulista em ato de 12 de setembro contra Bolsonaro

O símbolo do PDT é uma mão segurando uma rosa, ícone socialista criado por Didier Motchane na França e que foi assimilado por partidos de esquerda em todo o mundo

O diretório paulistano do PDT distribuirá 2.000 rosas durante a manifestação de domingo (12/9) pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A ação será realizada em frente ao prédio do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, a partir das 14h.

O símbolo do PDT é uma mão segurando uma rosa, ícone socialista criado por Didier Motchane na França e que foi assimilado por partidos de esquerda em todo o mundo.

A inspiração da ação do PDT a ser realizada no dia 12 foi a Revolução dos Cravos, que em 1974 pôs fim a 48 anos de ditadura fascista em Portugal.

Na última semana, Bolsonaro disse que “com flores não se ganha a guerra”, e o partido do presidenciável Ciro Gomes (CE), que participará da manifestação, também pretende reagir a essa fala com a ação.

“O seu governo ficou marcado pela incompetência econômica, pelo descaso criminoso com a pandemia e pelas ameaças contra a democracia e as instituições da República. Está na hora de esse pesadelo acabar”, diz Antonio Neto, presidente do PDT-SP e da CSB (Central de Sindicatos do Brasil).

Existe na esquerda alguma resistência a aderir aos atos de domingo (12), dado que eles têm sido promovidos por MBL (Movimento Brasil Livre), VPR (Vem Pra Rua) e Livres, compostos por políticos da direita não bolsonarista.

No entanto, diversos partidos e movimentos de oposição têm entendido que o momento é de unir forças contra as ameaças do presidente à democracia.

Ciro Gomes, que tem um histórico de conflitos com o MBL, escreveu que “o futuro da democracia é maior que sacrifícios e riscos.”

“Esta luta não é mais um símbolo ou uma metáfora, mas um embate real em defesa da justiça e da liberdade. Ela está acima de pessoas, de partidos ou posicionamentos ideológicos. Estamos às voltas com duas ameaça mortais: uma é a Covid e outra Bolsonaro”, continuou.

Por Fábio Zanini

 

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