Ministro da Justiça é escalado por Bolsonaro para tentar reaproximar carreiras da segurança, após desgastes
Agentes de segurança estão descontentes desde a aprovação de projetos. como a reforma previdência
O ministro Anderson Torres (Justiça) foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro para a tarefa de aparar as arestas com as carreiras da segurança pública.
Os agentes de segurança estão descontentes com o governo desde a aprovação de projetos, como a reforma previdência e a PEC Emergencial, vistos como maléficos para as classes.
Como mostrou o Painel, até o amigo por mais de 40 anos de Bolsonaro, o ex-deputado Alberto Fraga criticou a atuação do presidente e disse que ele teve votos de policiais militares, civis e bombeiros e não fez nada para ajudá-los depois de eleito.
Integrantes da bancada da segurança se reuniram com o presidente na quarta passada (11/8) para levar as pautas prioritárias e buscar apoio nas votações do 2º semestre no Congresso.
Presente no encontro, Emanuel Pinheiro Neto (PTB-MT) disse que ficou marcado um encontro com Torres na próxima semana em que serão debatidas a escolha do projeto sobre porte de arma do governo e o apoio do Planalto para pautar no Plenário a isenção do imposto de renda para policiais atingidos durante o trabalho.
Enquanto definem as prioridades para o 2º semestre, integrantes da comissão e da bancada da segurança também vão discutir com o ministro como reverter derrotas que os policiais sofreram no Congresso.
Um dos pedidos dos agentes de segurança e que será debatido com Torres é uma forma de diminuir as perdas com a reforma da previdência com a aprovação da pensão por morte e da possibilidade de aposentadoria com o salário integral e reajustado como os de policiais da ativa.
Luis Boudens, presidente da Associação Nacional dos Policiais Federais, disse ao Painel que Torres já havia se colocado à disposição para o diálogo e que a sinalização repassada pelos deputados sobre a reunião com o presidente foi de apoio às pautas.
Segundo Boudens, sobre os projetos em andamento atualmente no Congresso, a reforma administrativa é a principal preocupação dos policiais, que pedem para serem enquadrados como carreiras exclusivas de estado.
Por Camila Mattoso