Ministro da Infraestrutura suspende agenda em Guarulhos para cuidar de crise em Brasília – Mais Brasília
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Ministro da Infraestrutura suspende agenda em Guarulhos para cuidar de crise em Brasília

Tarcisio de Freitas foi estimulado a comparecer a evento sobre trem no aeroporto

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O evento da assinatura do contrato para a construção do trenzinho que vai ligar a estação Aeroporto da CPTM aos terminais de Cumbica, nesta quarta (8/9), poderia ter se transformado em vitrine para a potencial candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, a governador de São Paulo em 2022.

Dentro do governo Bolsonaro, até tentaram estimular o ministro a comparecer ao evento. Acharam que seria interessante enviá-lo para marcar território do governo federal em uma agenda positiva que vinha sendo prometida ostensivamente pelo governador de São Paulo João Doria, inimigo político de Bolsonaro.

Na terça (7/9), no calor dos protestos bolsonaristas, a agenda do ministro para o dia seguinte não estava definida. Havia ainda a perspectiva de marcar presença no evento em Guarulhos, mas veio a convocação para o conselho de governo, e Tarcisio de Freitas resolveu ficar em Brasilia para tentar ajudar na crise institucional.

A presença do ministro em seu posto na capital federal acabou sendo oportuna por outro motivo: as paralisações de caminhoneiros, que desde 2018 não passavam de tentativas frustradas, viraram uma grande dor de cabeça nesta quarta, com dezenas de registros de concentrações e tentativas de bloqueios.

Marcelo Sampaio, secretário-executivo, e Ronei Glanzmann, secretário nacional de aviação civil, representaram o Ministério da Infraestrutura no evento. Também compareceram o prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa, o diretor-presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Juliano Noman e o diretor-presidente do GRUAirport, Gustavo Figueiredo

O governo de São Paulo não mandou representantes, segundo a assessoria do GRUAirport.

Chamado de People Mover, o projeto envolve investimentos de mais de R$ 270 milhões em valores atuais e tem prazo contratual para execução em 24 meses, mas há previsão de antecipação da entrega, segundo a Secretaria Nacional de Aviação Civil.

O trem automatizado vai percorrer um trecho com mais de 2.700 metros de extensão. Serão três veículos, com capacidade para 200 usuários cada, equipados com ar-condicionado, wi-fi e espaço para bagagens.

Por Joana Cunha