Lula recebe alta neste domingo (1º), antes do previsto, e deixa hospital após cirurgias
Expectativa inicial era de que presidente sairia do Sírio-Libanês, em Brasília, na segunda ou na terça
O presidente Lula (PT) recebeu alta do hospital Sírio-Libanês, em Brasília, na tarde deste domingo (1º), dois dias depois de ser submetido a cirurgias no quadril e nas pálpebras.
O petista passará a noite na residência oficial, o Palácio da Alvorada, onde dará sequência ao processo de recuperação.
A expectativa inicial era de que Lula deixaria o hospital na segunda-feira (2) ou na terça (3), mas a recuperação do chefe do Executivo superou as expectativas, conforme vinha sinalizando a equipe médica desde sábado (30).
Segundo o boletim médico divulgado na manhã deste domingo, Lula caminhou, subiu e desceu escadas e passou a noite estável em um apartamento do hospital Sírio-Libanês.
O comunicado indicava também que a equipe médica avaliava a possibilidade de alta para este domingo, o que se confirmou horas mais tarde.
No sábado, o presidente fez suas primeiras sessões de fisioterapia e conseguiu caminhar. A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, fez companhia ao chefe do Executivo durante a internação.
Pelas redes sociais, ela comemorou o boletim médico da manhã deste domingo e escreveu: “Tem alguém que vai jantar em casa hoje”.
Lula passou por uma cirurgia programada na sexta-feira (29) para tratar um problema na região do quadril. A equipe médica decidiu aproveitar que Lula estava anestesiado para realizar outro procedimento, uma cirurgia para retirar o excesso de pele das pálpebras —uma blefaroplastia.
Segundo o médico pessoal do presidente, Roberto Kalil, tratou-se de um procedimento estético-médico e não foi divulgado antecipadamente porque dependia do resultado da operação ortopédica.
“Tudo dependia do transcorrer da cirurgia. O principal era ortopédico. Por que se demorou um pouquinho mais? Porque foi feita essa correção na pálpebra”, disse.
Como o presidente passou bem depois da operação, não houve necessidade de encaminhá-lo a uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), como cogitado inicialmente.
O mandatário vinha se queixando de dores no quadril desde o período eleitoral, no ano passado.
Segundo a equipe médica, Lula terá condições de pisar firmemente com os pés no chão em breve, mas precisará utilizar um andador por conta das questões de equilíbrio.
A previsão é que ele fique ao menos três semanas trabalhando no Palácio da Alvorada. A recuperação envolverá sessões de fisioterapia, em meio ao trabalho rotineiro do presidente. O período de restabelecimento total deve envolver cerca de um mês.
Como mostrou a Folha, de acordo com interlocutores no Palácio do Planalto, Lula optou por ser submetido à cirurgia na capital federal porque pretende se recuperar na residência oficial e voltar a trabalhar assim que possível.
Como essa operação no quadril impõe restrição devido ao risco de trombose, o mandatário não poderia viajar de avião.