Lula não cita Milei, fala em democracia e deseja boa sorte ao novo governo da Argentina – Mais Brasília
FolhaPress

Lula não cita Milei, fala em democracia e deseja boa sorte ao novo governo da Argentina

O ultraliberal Javier Milei, 53, rompeu a polarização argentina e consolidou sua nova força política ao ser eleito presidente do país neste domingo

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desejou sorte e êxito ao novo governo da Argentina, sem citar o presidente eleito neste domingo (19) Javier Milei.

O PT e integrantes do governo apoiavam a eleição de Sergio Massa, mas Lula nunca mencionou-o diretamente. Lula não deve ligar a Milei para parabenizá-lo. Durante a campanha, o então candidato chegou a chamá-lo de corrupto e comunista.

“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica”, disse no X, antigo Twitter.

“Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, completou.

O ultraliberal Javier Milei, 53, rompeu a polarização argentina e consolidou sua nova força política ao ser eleito presidente do país neste domingo. Em pleito histórico, o “outsider” superou Massa, ministro da Economia, impondo ao peronismo sua quarta derrota em 40 anos de democracia.

Após uma ascensão meteórica na política, o economista e deputado conseguiu 55,91% dos votos válidos, contra 44,08% do rival com 88% das urnas apuradas.
A participação foi de 76%, número abaixo dos índices registrados no primeiro turno em outubro (77%) e acima do das eleições primárias em agosto (69%).

Milei vai ocupar a Casa Rosada pelos próximos quatro anos a partir de 10 de dezembro, quando o país completa 40 anos ininterruptos de democracia. O peronista Alberto Fernández, atual chefe de Massa, se despede do cargo reprovado por oito em cada dez argentinos e levando a fama de presidente ausente.