Bolsonaro chama Alexandre de Moraes de ‘moleque’ e ‘patife’ a 3 dias das eleições
A nova onda de ataques de Jair Bolsonaro acontece nos últimos dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais, em que busca a reeleição
Pelo terceiro dia seguido, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou a sua transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira (29) para atacar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. O mandatário chamou Moraes de “moleque” e de “patife”.
A nova onda de ataques de Jair Bolsonaro acontece nos últimos dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais, em que busca a reeleição.
Ela teve início após reportagem da Folha de S.Paulo ter revelado que a Polícia Federal encontrou elementos no telefone de Cid que levantaram suspeitas de investigadores sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República.
Bolsonaro novamente acusou Alexandre de Moraes de ter vazado a quebra de sigilo. Assim como havia feito no dia anterior, pediu para que o ministro “seja homem” e revelar os valores das transações financeiras – que ele alega ter como origem recursos de sua conta privada e que eram usados para despesas ordinárias apenas.
Na sequência, no entanto, o mandatário afirmou que Moraes quer beneficiar Lula (PT), por ser ligado ao vice do petista, Geraldo Alckmin (PSB).
“Você quer um presidente, Alexandre de Moraes, refém teu. E eu não sou refém teu. Porque, se eu fosse, eu não teria assinado o indulto, a graça, ao deputado Daniel Silveira, afirmou, em referência ao parlamentar preso por ataques ao Supremo Tribunal Federal.
“É um direito meu [conceder o indulto] e eu tenho que usar a caneta, fazer justiça. Vocês que estão me ouvindo sabem que seria muito fácil eu estar do outro lado do balcão, tomando uísque com Alexandre de Moraes”.
Ainda na mesma declaração, Bolsonaro voltou a citar a quebra de sigilo de seu ajudante de ordens e então novamente xingou Moraes.
“Mas eu estou do lado de cá e aí vem o Alexandre de Moraes com essas baixarias, quebra o sigilo do meu ajudante de ordem. Ele quebrou foi o meu sigilo, Alexandre. Isso não é papel de homem. É de moleque, é de moleque”, completou.
Em outro momento, Bolsonaro ainda chamou Alexandre de Moraes de “patife”.