Bolsonaro anuncia Tereza Cristina ao Senado e estreita opções para vice
Presidente anunciou que oito ministros devem se descompatibilizar para disputar cargos eletivos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (10/3) que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve disputar uma vaga para o Senado pelo Mato Grosso do Sul –num movimento que estreita as opções para vice-presidente e fortalece ainda mais o nome do ministro Braga Netto (Defesa) para ser o companheiro de chapa do mandatário.
Durante sua live semanal nesta quinta, o presidente anunciou que oito ministros devem se descompatibilizar para disputar cargos eletivos.
Além de Tereza, ele disse que devem se lançar a candidaturas ao Senado os ministros do Turismo, Gilson Machado (PE); da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (AP); do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (RN); e da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (DF).
Sairão candidatos a governador os ministros da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (SP); do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (RS); e da Cidadania, João Roma (BA).
Marcos Pontes, que atualmente comanda o ministério da Ciência e Tecnologia, deve tentar uma cadeira de deputado federal por São Paulo, segundo Bolsonaro.
“Temos muita esperança no Tarcísio em São Paulo, mas todos esses aqui realmente têm chance de se eleger”, afirmou.
Bolsonaro disse ainda esperar que os ministros se descompatibilizem até 31 de março.
Na live, Bolsonaro disse ainda que um de seus assessores, Tércio Arnaud, deve disputar a eleição para suplente de senador pela Paraíba. Tércio é um dos integrantes do chamado “gabinete do ódio”.
O presidente também declarou que dois ex-ministros também podem tentar cargos eletivos. “Tem ex-ministros também. O Marcelo Álvaro Antonio [ex-ministro do Turismo] talvez venha por Minas Gerais e temos o Ricardo Salles [ex-ministro do Meio Ambiente], também, que deve vir candidato a deputado federal por São Paulo”, afirmou o presidente.
Tereza Cristina era um dos nomes aventados como possíveis vices de Bolsonaro.
Interlocutores da ministra, no entanto, dizem que o projeto dela de tentar uma vaga no Senado é antigo e que ela só abriria mão caso houvesse um pedido de Bolsonaro.
O ministro da Defesa é apontado por interlocutores como o favorito para compor a chapa com Bolsonaro.
Por Ricardo Della Coletta