Aliado de Bolsonaro pede investigação após presidente ser alvo durante motociata em Curitiba
Apoiadores tentam identificar homem que indicou lançar objeto contra presidente
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo nessa quarta-feira (31/8) durante motociata em Curitiba de um homem na calçada que fez um gesto como se buscasse atirar algum objeto na direção do mandatário.
A atitude mobilizou apoiadores de Bolsonaro para tentar identificá-lo, além de questionamentos sobre a segurança do presidente e pedido de investigação policial por parte de aliados. O caso está sendo apurado pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional).
Nas imagens gravadas e veiculadas em redes sociais é possível ver a passagem do presidente de moto, enquanto um homem usando boné e vestindo jaqueta preta se posiciona na calçada e, pelo movimento dos braços, indica lançar algo contra Bolsonaro. Não é possível, porém, identificar se de fato algum objeto foi arremessado. O mandatário se movimenta como se buscasse desviar, e a motociata não chegou a ser interrompida.
O presidente não usava capacete durante a motociata, que percorreu várias ruas do centro de Curitiba. O Código de Trânsito Brasileiro exige o uso de capacete no artigo 244. A ausência do equipamento é considerada infração gravíssima e prevê multa de R$ 293,47, além da suspensão do direito de dirigir.
Aliado de Bolsonaro e um dos organizadores da motociata, Fernando Francischini (União Brasil), deputado que chegou a ser cassado pelo TSE e ter a decisão revertida pelo ministro do STF Kassio Nunes Marques, anunciou a ida à delegacia na noite desta quarta para cobrar a abertura de um inquérito policial e buscar a identificação do homem.
Ele diz ter visto uma pedra pequena ser lançada, embora sem atingir Bolsonaro. “Um absurdo: novamente um ataque ao presidente Bolsonaro. Desta vez, a pessoa surgiu de dentro do passeio público aqui em Curitiba”, afirmou Francischini. O objeto, para ele, poderia ter causado “um grave ferimento” e derrubado Bolsonaro da moto.
O deputado Paulo Martins (PL), candidato ao Senado, afirma que estava na garupa de Bolsonaro no momento do episódio.
Segundo ele, um objeto foi arremessado. Martins afirma acreditar que foi uma pedra. Ainda segundo Martins, o presidente “desviou por reflexo”. “Quase caímos, foi por um triz”, diz.
Questionada, a campanha de Bolsonaro não se manifestou. O GSI informou apenas que está apurando esse episódio.