Advogado confunde ‘O Príncipe’, de Maquiavel, com ‘O Pequeno Príncipe’, de Saint-Exupery durante defesa no STF sobre atos golpistas – Mais Brasília
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Advogado confunde ‘O Príncipe’, de Maquiavel, com ‘O Pequeno Príncipe’, de Saint-Exupery durante defesa no STF sobre atos golpistas

Como se não bastasse, a advogada de Matheus Lima de Carvalho Lazaro, Larissa Cláudia Lopes, também contestou os ministros, a quem disse estar com medo de se pronunciar

Foto: Reprodução

Vídeos com os advogados de réus que participaram dos ataques golpistas de 8 de janeiro viralizaram nas redes sociais por choro e confusão literária. Eles participavam do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), na última quinta-feira (15) e protagonizaram cenas, no mínimo constrangedoras. Enquanto um deles confundiu as obras O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, com O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupery durante a sustentação oral, outra chorou diante do plenário por sentir “medo da humilhação”.

O Príncipe e o Pequeno Príncipe

Em um momento que poderia estar em uma comédia de erros, o advogado Hery Waldir Kattwinkel disse “como diz ‘O Pequeno Príncipe’, os fins justificam os meios” em sua fala que contestava a Suprema Corte brasileira. A citação, porém, compõe O Príncipe, de Maquiavel, utilizado em estudos de teoria política.

Kattwinkel é advogado de Thiago de Assis Mattar, condenado por fazer parte de um núcleo responsável pela “execução dos atentados materiais contra as sedes dos Três Poderes”.

“Esse julgamento está sendo jurídico? De Aécio e Thiago Mattar? Ou esse julgamento está sendo político, a fim de incriminar mais alguém? A fim de um objetivo que nós não conseguimos entender?”, contestou o advogado.

A fala foi rebatida pelo ministro Alexandre de Moraes, que acusou o advogado de se esquecer a defesa do cliente em prol de um discurso para as redes sociais, com intenção, talvez, de se candidatar a algum cargo eletivo.

Após o embate, o Solidariedade expulsou do partido o advogado. A sigla apontou que ele atacou ministros do Supremo e endossou discurso de ódio.

Medo e choro

Como se não bastasse, a advogada de Matheus Lima de Carvalho Lazaro, Larissa Cláudia Lopes, também contestou os ministros, a quem disse estar com medo de se pronunciar. Ela chegou a chorar durante sua sustentação oral, a qual afirmou ter sido a primeira realizada de forma presencial.

“Qual que é o critério? Se eu perguntar, acredito que nenhuma de vossas excelências sabe me dizer qual que é o critério desse processo… Ninguém sabe dizer, porque não tem…”, disse.

Por Eduardo Pinheiro, do Mais Goiás