A Voz do Brasil completa 86 anos este mês
Criado em 1935 na época de Getúlio Vargas, o programa é um noticiário oficial do governo
A Voz do Brasil, programa de rádio mais antigo do país e também de todo o hemisfério Sul, completou 86 anos este mês, exatamente na última quinta-feira (22/7). Criado em 1935 na época de Getúlio Vargas, o programa é um noticiário oficial do governo que divulga informações sobre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Tradicionalmente transmitido às 19h, mas que com a flexibilização pode ser transmitido até as 22h, a hoje chamada Voz do Brasil, para os mais velhos, é conhecida com a Hora do Brasil. O nome a Voz do Brasil só veio em 1971.
O programa é dividido em mais ou menos quatro ou cinco partes, a depender do dia. Os primeiros 25 minutos são do poder Executivo, e tem produção da EBC. Outros cinco minutos são do Poder Judiciário. Há ainda 10 para o Senado. E tem o Tribunal de Contas da União ganhou um minutinho ao ar três vezes por semana.
Em 1938, havia obrigatoriedade de divulgação da Voz do Brasil em todo o país, com uma hora de divulgação dos atos do Poder Executivo.
Em 1972, quando entrou em vigor o Código Brasileiro de Telecomunicações , que dividiu a Voz do Brasil em duas partes, metade para o Executivo e metade para o Legislativo.
O jargão, “em Brasília, 19h”, é a cara da Voz do Brasil. Mas o atualmente utilizado “Sete da Noite em Brasília”, representa um modelo mais jovial de A Voz do Brasil e representa o rejuvenescimento do programa.
A abertura do programa com a música temática de O Guarani, por várias décadas. Porém, foi substituída por uma versão com arranjos do Olodum, um conceito mais moderno, e essa é a abertura atual.
A obrigatoriedade de transmissão sempre foi algo polêmico. Muitos argumentam que é uma medida obsoleta, porque o país é regido por um sistema democrático, e manter a obrigatoriedade é manter um resquício do Era Vargas e de uma época ditatorial. Por outro lado, a Voz do Brasil é o único veículo de informação em locais onde não existe internet ou quaisquer possibilidade de a população se informar que não seja pelo rádio.
Texto: Com informações da Agência Senado e do jornalista Luiz Cláudio Canuto, do Portal da Câmara dos Deputados