Putin decreta mobilização parcial de reservistas e acusa ocidente de querer destruir a Rússia
Medida não é tomada no país desde a Segunda Guerra Mundial e sinaliza escalada no conflito
Vladimir Putin ordenou nesta quarta-feira (21/9) a primeira mobilização da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial e alertou que Moscou se defenderia com todo o seu vasto arsenal se enfrentasse uma ameaça nuclear do Ocidente.
A advertência direta do líder supremo da Rússia, cujo país tem mais ogivas nucleares do que os Estados Unidos, marca a maior escalada da guerra desde a invasão da Ucrânia por Moscou em 24 de fevereiro e foi acompanhada pela decisão de convocar 300.000 reservistas extras.
“Se a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada, sem dúvida usaremos todos os meios disponíveis para proteger a Rússia e nosso povo — isso não é um blefe”, disse Putin em um discurso televisionado à nação.
Ele fez os comentários depois de acusar o Ocidente de “chantagem nuclear”, dizendo que altos funcionários do governo em vários países da Otan falaram sobre o uso potencial de armas nucleares contra a Rússia.
Ele também acusou o Ocidente de arriscar uma “catástrofe nuclear” ao permitir que a Ucrânia bombardeie a usina nuclear de Zaporíjia, que está sob controle russo, algo que Kiev negou.
Dando seu apoio explícito aos referendos que serão realizados nos próximos dias em áreas da Ucrânia controladas por tropas russas — o primeiro passo para a anexação formal de um pedaço da Ucrânia do tamanho da Hungria — Putin disse que o Ocidente está planejando destruir a Rússia.