Polícia do caso Gabby Petito diz que Brian Laundrie cometeu suicídio – Mais Brasília
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Polícia do caso Gabby Petito diz que Brian Laundrie cometeu suicídio

Segundo o FBI, restos mortais de Laundrie foram encontrados no dia 21 de outubro perto de uma trilha

Gabby Petito ao lado do noivo
Foto: Reprodução/Redes sociais

O xerife do condado de Sarasota, Kurt Hoffman, disse nesta terça-feira (2) que Brian Laundrie, 23, namorado da influenciadora digital Gabby Petito, 22, provavelmente cometeu suicídio. Ele era suspeito de ter assassinado Petito que foi encontrada morta no dia 19 de setembro em um parque no Estado de Wyoming.

Segundo o FBI, os restos mortais de Laundrie foram encontrados no dia 21 de outubro perto de uma trilha no Parque Ambiental Myakkahatchee Creek, em North Port, Flórida, no dia 21 de outubro. No local, foram encontrados seu caderno e mochila.

“Em 21 de outubro de 2021, uma comparação de registros dentários confirmou que os restos mortais encontrados na Reserva Memorial T. Mabry Carlton Jr. e no Parque Ambiental Myakkahatchee Creed são de Brian Laundrie”, disse o FBI em um comunicado. Os ossos foram enviados a um antropólogo para exames adicionais.

Segundo o New York Post, os restos mortais foram encontrados a cerca de 40 minutos de caminhada no parque pantanoso, onde Laundrie deu uma caminhada após deixar a casa de seus pais em 13 de setembro.

A descoberta veio depois que os pais de Laundrie foram chamados ao parque. O advogado da família Steve Bertolino disse que “alguns artigos” pertencentes a Brian Laundrie foram encontrados, entre eles, uma mochila e um caderno.

“Itens de interesse foram localizados na Carlton Reserve esta manhã em conexão com a busca por Brian Laundrie”, tuitou o escritório do FBI em Tampa na quarta (20).

Segundo a rede de televisão NBC News, ossos e um crânio também foram descobertos na operação. O xerife do condado de Lee, Carmine Marceno, as autoridades por trabalharem sob “condições traiçoeiras” no parque, como água que chegava à altura do peito e repleta de cascavéis e crocodilos.

“Não é como se você estivesse revistando uma casa ou um carro. Essas áreas são enormes e cobertas de água”, disse durante entrevista coletitva em frente ao parque.

Com isso, acaba uma caçada do FBI ao namorado da influenciadora digital, que era considerado “uma pessoa de interesse” na investigação sobre a morte de Petito, que documentava suas viagens no Instagram.

Laundrie e Petito deixaram Nova York em julho para viajar de carro pelo oeste dos EUA por quatro meses, após ela deixar seu emprego. Eles compartilhavam nas redes sociais fotos sorridentes em uma viagem que parecia idílica.

No entanto, em 1º de setembro, Laundrie voltou sozinho para casa de sua família em North Port, onde o casal morava. O caso atraiu enorme atenção da mídia, impulsionada pela descoberta do corpo de Petito em Wyoming, e o anúncio de que ela morreu por estrangulamento.

Pouco depois de seu retorno à Flórida, Laundrie desapareceu após se recusar a responder às perguntas da polícia. Seus pais e a polícia se reuniram nesta quarta-feira de manhã para tentar localizar o jovem em Carlton, no oeste da Flórida.

UM VÍDEO PREOCUPANTE

O caso de Petito começou a repercutir na internet quando sua família relatou seu desaparecimento em 11 de setembro, alegando que não a viam desde o final de agosto.

Um vídeo divulgado pela polícia em Moab, uma pequena cidade em Utah, levantou suspeitas em torno de Laundrie.

Nas imagens, Petito aparece chorando em um carro, depois que a polícia atendeu uma denúncia de violência doméstica envolvendo o casal, em 12 de agosto.

O desaparecimento da mulher e a consequente busca pelo namorado causaram uma onda de publicações nas redes sociais, onde usuários se mobilizaram para tentar encontrar Petito.

Quanto a Laundrie, a polícia recebeu ligações em todo o país de pessoas que acreditavam tê-lo visto após sua fuga. A história é tristemente comum em um país onde centenas de milhares de pessoas desaparecem todos os anos.

Porém, a atenção midiática recebida pelo caso gerou polêmica sobre a atenção desproporcional dada aos desaparecimentos de mulheres brancas em comparação com aquelas de origem minoritária.

Por Martha Alves