Polícia argentina prende um dos suspeitos de ataque com bomba ao jornal Clarín

O ataque ocorreu às 23h05 da última segunda-feira (22)

A polícia argentina prendeu nesta sexta-feira (26) o primeiro suspeito de ter participado de um ataque com bombas contra a sede do jornal Clarín.
De acordo com reportagem do próprio veículo, trata-se de um uruguaio de 44 anos, identificado como Martín Michell Gallarreta Albin, que foi encontrado após a análise de imagens de câmeras de segurança da região. Mais de 400 delas fazem parte da perícia do caso.

O jornal afirma que Albín encontrou os agentes quando voltava da comemoração da vitória do River no Campeonato Argentino.
O ataque ocorreu às 23h05 da última segunda-feira (22), em Buenos Aires, quando um grupo de nove pessoas encapuzadas lançou pelo menos sete coquetéis molotov -tipo de bomba caseira em que se coloca um líquido inflamável dentro de uma garrafa de vidro- contra o prédio de um dos principais veículos do país.

Os artefatos danificaram a fachada e provocaram um princípio de incêndio na entrada, sem deixar feridos. O corpo de bombeiros chegou minutos depois, mas não precisou intervir, porque os focos se extinguiram sozinhos.

De acordo com o Clarín, o suspeito tem publicações anarquistas em suas redes sociais e se mostra simpatizante do La Cámpora, grupo político juvenil que apoia a vice-presidente Cristina Kirchner e o presidente Alberto Fernández.

No início da semana, Fernández repudiou o atentado. Em uma rede social, escreveu: “A violência sempre perturba a convivência democrática. Esperamos que os fatos sejam esclarecidos e os autores, identificados”.
Outros políticos, como o ex-presidente Mauricio Macri, e entidades de imprensa e direitos civis de todo o país também se manifestaram.

O Grupo Clarín, maior conglomerado de mídia da Argentina -além de editar o jornal homônimo a empresa é dona do esportivo Olé e dos canais de TV Trece e Todo Noticias-, divulgou comunicado condenando o ataque, que chamou de “expressão violenta de intolerância”, e pedindo esclarecimento e punição urgentes.

Sair da versão mobile