OMS avaliará se surto de varíola dos macacos representa emergência de saúde
Segundo a organização, houve 1.600 casos confirmados e 1.500 suspeitos da doença em 39 países
A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocará um comitê de emergência na quinta-feira da próxima semana para avaliar se o surto de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
Esse é o nível mais alto de alerta emitido pela agência da Organização das Nações Unidas (ONU), que atualmente se aplica apenas à pandemia de Covid-19 e à poliomielite.
Segundo a OMS, neste ano, houve 1.600 casos confirmados e 1.500 suspeitos de varíola dos macacos em 39 países, incluindo aqueles em que o vírus habitualmente é disseminado.
A varíola dos macacos é endêmica em partes da África, mas houve mais casos nesses países e no restante do mundo. O vírus causa sintomas semelhantes aos da gripe e lesões na pele e se espalha por meio do contato próximo.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que era hora de considerar intensificar a resposta porque o vírus está se comportando de maneira incomum, mais países são afetados e há necessidade de coordenação internacional.
“Não queremos esperar até que a situação esteja fora de controle”, afirmou o diretor de emergências da OMS para a África, Ibrahima Socé Fall.
União Europeia compra 100 mil vacinas Nesta terça (14), a Comissão Europeia e o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic anunciaram que fecharam um contrato para a compra de mais de 100 mil doses de vacina contra a varíola dos macacos, detectada em 19 países-membros, além da Noruega e Islândia.
O acordo refere-se à venda de 109.090 doses para países europeus, disse a comissão em comunicado. Inspira-se nas compras coletivas de vacinas antiC ovid, embora as quantidades sejam bem menores.
Comercializada sob o nome Imvanex na Europa, Jynneos nos Estados Unidos e Imvamune no Canadá, é uma vacina de terceira geração (não se replica no corpo humano) autorizada na Europa desde 2013 e indicada contra a varíola em adultos.
O regulador europeu de medicamentos (EMA) anunciou no início de junho que havia iniciado negociações com a Bavarian Nordic para eventualmente ampliar seu uso contra a varíola dos macacos.