Mundo registra 3,6 milhões de casos de Covid em 24 h e bate novo recorde
É o quinto recorde diário de novos infectados nos últimos dez dias
Em meio à disseminação da variante ômicron, o mundo registrou um novo recorde de casos de Covid-19 em 24 horas, com 3,67 milhões de infecções contabilizadas. Os dados foram divulgados pelo Our World in Data, projeto ligado à Universidade de Oxford, nesta quinta-feira (13/01) e dizem respeito ao dia anterior. É o quinto recorde diário de novos infectados nos últimos dez dias.
Os Estados Unidos lideram o ranking, com 894,9 mil casos registrados. Na sequência, aparece a Índia, com 442,1 mil infecções -o recorde de casos do país até então era de 414.188 registrados em 6 de maio de 2021, em meio à proliferação da variante delta.
Anthony Fauci, principal assessor-médico do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, previu na quarta-feira (12/01) que “a ômicron, com seu grau extraordinário e sem precedentes de eficiência em transmissibilidade, acabará por pegar quase todos”.
Mas acrescentou que depois que o país emergir de sua onda atual, fará a transição para um futuro de convivência com o vírus, com vacinas que devem reduzir a doença grave para a maioria e tratamentos eficazes disponíveis para os mais vulneráveis.
As hospitalizações por Covid-19 no país cresceram em cerca de 33%, e as mortes tiveram alta de aproximadamente 40% em relação a uma semana antes, afirmou a diretora do CDC (Centro de Controle e Prevenção), Rochelle Walenksy, na quarta.
Walenksy disse que os casos de Covid-19 nos EUA, impulsionados pela variante ômicron, de rápida propagação, devem chegar a um pico nas próximas semanas. O aumento recente de mortes por Covid-19 é provavelmente um efeito tardio da variante delta, que estava em alta antes da ômicron tomar os Estados Unidos em dezembro, disse a diretora do CDC.
O Brasil voltou a aparecer entre os dez países com mais infectados, mesmo com o apagão de dados e instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde. A plataforma registrou mais de 87 mil casos no país.
O número é um pouco inferior ao contabilizado pelo consórcio de imprensa formado por Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1- foram 88.464 exames positivos conhecidos para a doença. O número é o mais alto já registrado desde 2 de julho, há seis meses.
Apesar da explosão no número de infectados devido à variante ômicron, o número de mortes não cresce na mesma proporção. Nas últimas 24 horas foram registrados oficialmente 9,1 mil óbitos. O recorde de mortes em 24 horas no mundo segue sendo de 20 de janeiro de 2021: 18.062.
A média de óbitos nos últimos sete dias é de 6,7 mil óbitos, abaixo da primeira onda da pandemia, em abril de 2020, quando chegou a um pico de 7,1 mil.