Meta, dona do Facebook, demite mais de 11 mil empregados
Corte em massa é o primeiro em 18 anos de história da companhia
A Meta Platforms anunciou nesta quarta-feira (9/11) que vai demitir 13% de sua equipe, mais de 11 mil funcionários. A demissão em massa foi a primeira em 18 anos de existência da empresa, é uma das maiores de tecnologia deste ano e ocorre enquanto a controladora do Facebook luta contra custos crescentes e um mercado de publicidade fraco.
O corte de empregos segue milhares de outras demissões em big techs, incluindo Twitter, de Elon Musk, e Microsoft.
A explosão na pandemia que impulsionou as empresas de tecnologia e suas avaliações se transformou em um estouro este ano, diante da inflação mais alta em décadas e das taxas de juros em rápido crescimento.
O CEO da empresa, Mark Zuckerberg, disse em mensagem aos funcionários que apesar do comércio online ter voltado ao que era antes, também voltaram a desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda de anúncios. O que fez com que a receita da Meta fosse menor do que ele esperava.
“Eu entendi errado, e assumo a responsabilidade por isso”, afirmou Zuckerberg.
Ele enfatizou a necessidade de se tornar mais eficiente em termos de capital e disse que a empresa vai transferir recursos para “áreas de crescimento de alta prioridade”, como seu mecanismo de descoberta de IA, plataformas de publicidade e de negócios, bem como seu projeto metaverso.
A Meta disse que pagará 16 semanas de salário base mais duas semanas adicionais para cada ano de serviço como parte do pacote de indenização, e todo o tempo pago restante.
Os funcionários receberão o custo dos planos de saúde durante seis meses e os afetados receberão seus direitos adquiridos até 15 de novembro, de acordo com a empresa.
A Meta disse que também pretende cortar gastos discricionários e estender seu congelamento de contratações até o primeiro trimestre.
As ações da empresa, que perderam mais de dois terços do valor, subiram cerca de 3% nas negociações pré-mercado.