Inglaterra reduz para cinco dias quarentena por Covid para ‘maximizar economia’
Período recomendado era de até dez dias, com a possibilidade de reduzi-lo para sete
A Inglaterra anunciou que vai reduzir para cinco dias o tempo da quarentena mínima para as pessoas que estão com Covid-19, uma medida semelhante à tomada pelos EUA e pelo Brasil recentemente. A partir desta segunda-feira (17), quem tiver a doença poderá abandonar o isolamento se apresentar dois resultados negativos consecutivos -um no quinto dia e outro no início do sexto.
Até agora, o período recomendado era de até dez dias, com a possibilidade de reduzi-lo para sete apresentando um teste negativo.
Devido ao absenteísmo em massa de profissionais infectados que trabalham em setores-chave como saúde, educação e transporte, o governo de Boris Johnson tem pressionado pela redução do período de isolamento para cinco dias, como já foi feito pelos Estados Unidos.
O ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, disse ao parlamento nesta quinta-feira (13) que a redução da quarentena será feita para “minimizar” o impacto das ausências trabalhistas na economia.
Citando dados da agência britânica de segurança sanitária UKHSA, Javid defendeu que “cerca de dois terços dos casos positivos deixam de ser transmissíveis no final do quinto dia”.
“Revisamos o período de isolamento para os casos positivos, para garantir que as medidas estabelecidas maximizem a atividade econômica e educativa e também minimizem o risco de que as pessoas contagiosas abandonem a quarentena”, anunciou aos deputados.
No fim de dezembro de 2021, os EUA reduziram o tempo de isolamento para cinco dias, com a condição do uso de “máscara bem ajustada” por dez dias, além da necessidade de vacinação completa.
Em 10 de janeiro, foi a vez de o Ministério da Saúde brasileiro recomendar esse mesmo tempo de isolamento reduzido para assintomáticos, apesar de especialistas alertarem que não há evidências suficientes de que a nova regra seja segura -especialmente com a dificuldade de acesso à testagem no país.
Com mais de 151 mil mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, o sétimo maior número no mundo, o Reino Unido registrou nas últimas semanas um recorde de infecções diárias atribuídas à variante ômicron.
Entretanto, devido à vacinação com doses de reforço e à menor gravidade da variante, as hospitalizações e as mortes não cresceram tão acentuadamente.
“É encorajador que durante esta onda não tenhamos visto um aumento de pacientes em terapia intensiva com Covid-19. E já há sinais precoces de que a taxa de hospitalização está começando a diminuir”, afirmou o ministro da Saúde.