Índia supera a marca de 300 mil mortes por Covid-19, atrás apenas dos EUA e do Brasil – Mais Brasília
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Índia supera a marca de 300 mil mortes por Covid-19, atrás apenas dos EUA e do Brasil

Após o governo se recusar a adotar um lockdown nacional, o país é o terceiro a alcançar esses registro

Foto: Samuel Rajkumar /Reuters/via Folhapress

O Ministério da Saúde indiano divulgou 4.454 óbitos nas últimas 24 horas. Com isso, a Índia se tornou o terceiro país a superar a marca de 300 mil mortes por Covid-19, depois de Estados Unidos( com 589 mil mortes) e Brasil (449 mil óbitos), em meio a uma agressiva segunda onda da pandemia.

A Índia registrou também 222 mil novos casos, o menor patamar diário desde 15 de abril, mas a segunda onda de Covid-19 segue devastando o país há quase dois meses, com hospitais lotados e crematórios que não conseguem atender ao volume de corpos.

São 26,7 milhões infectados desde o início da pandemia, atrás apenas dos EUA (33,1 milhões) e à frente do Brasil (16 milhões) e França (5,9 milhões).

Apesar dos números astronômicos, há fortes indícios de subnotificação — sobretudo de mortes — no país. Especialistas acreditam que os números reais podem ser de cinco a dez vezes maiores.

Causas 

Em março, o governo da Índia chegou a falar em “fase final da pandemia”, quando o país registrou menos de 10 mil infectados e 100 mortes por dia.

Quando os casos confirmados começaram a subir, o governo se recusou a adotar um novo lockdown nacional, ao contrário de 2020 (quando a primeira onda foi controlada com sucesso) e autorizou aglomerações em comícios e eventos religiosos.

Em meio ao desrespeito a medidas de distanciamento e ao não uso de máscaras, novas variantes do coronavírus encontraram terreno fértil.

Uma nova cepa do coronavírus, a B.1.617, foi descoberta em outubro de 2020 e levou meses para se proliferar pela Índia, mas agora já foi detectada em dezenas países de todos os continentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No dia 10, a OMS classificou-a como uma variante de “preocupação global” e alertou para um risco de maior transmissibilidade e características que poderiam tornar as vacinas contra a Covid-19 menos eficazes.