Herdeiros do papa Bento 16 são cinco primos

Informação foi revelada pelo secretário particular do pontífice, Georg Gaenswein, segundo agência italiana

O secretário particular do papa Bento 16 (1927-2022), Georg Gaenswein, disse neste domingo (19) que cinco herdeiros aparecem em seu testamento, informou a agência de notícias italiana Ansa. Eles precisarão afirmar se aceitam o legado, que consiste em quantias da conta pessoal do pontífice.

Gaenswein disse ter achado o caso “interessante”. “Pensei que ele tinha dois parentes, dois primos, mas são cinco. Por lei, devo escrever a eles, que são os parentes mais próximos, e perguntar se aceitam a herança ou não”, afirmou.

Ele afirma que tudo relacionado à obra intelectual e aos direitos autorais de Bento 16 já foi resolvido, assim como pertences pessoais, que serão doados.

Gaenswein falou com jornalistas após rezar uma missa na igreja onde o pontífice foi titular como cardeal. “Nesta igreja, ele se sentia em casa, em família, como pai de uma bela, numerosa e frutífera família”, afirmou. Gaenswein doou à igreja uma batina que foi do ex-líder da Igreja Católica.

O papa morreu no último dia 31 de dezembro, aos 95 anos, em um mosteiro onde vivia no Vaticano. Dias antes, o papa Francisco havia pedido orações, dizendo que o antecessor estava muito doente.

As últimas imagens conhecidas dele são de um evento da Fundação Ratzinger no dia 1º daquele mês, em que aparece sentado, demonstrando fragilidade.

O alemão Joseph Ratzinger foi o primeiro papa a renunciar em quase seis séculos, após oito anos de pontificado —desde Gregório 12, em 1415, um pontífice não deixava por conta própria a chefia da Igreja Católica. Em carta ao seu biógrafo, revelada em janeiro deste ano, ele escreveu que a insônia que o afligia estava entre os principais motivos que levaram à sua renúncia ao pontificado, quase dez anos atrás.

Dias depois da morte, o papa Francisco celebrou o funeral de seu antecessor, evento inédito na história moderna da Igreja Católica, que encontra precedentes somente em 1802, quando Pio 7º conduziu o funeral de Pio 6º, morto em 1799.

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