Guarda Costeira encontra destroços na área de buscas pelo submarino Titan
Especialistas avaliam se material pertence ao submersível desaparecido no Atlântico, segundo informações iniciais
A Guarda Costeira dos EUA informou nesta quinta-feira (22) ter encontrado destroços na área onde hoje se concentram os esforços de busca pelo submersível Titan, desaparecido desde o último fim de semana. Especialistas ainda estão avaliando o material para compreender se há alguma relação com o veículo.
Em um breve tuíte da Guarda Costeira, foi informado que um veículo operado remotamente (ROV, na sigla em inglês) localizou os destroços em uma região próxima aos restos do Titanic.
Espera-se que informações mais concretas sejam divulgadas às 15h do horário local (16h em Brasília), quando uma entrevista coletiva deve detalhar as atualizações do caso.
As reservas de oxigênio do veículo, que desapareceu em uma excursão no oceano Atlântico, acabaram na manhã desta quinta-feira, segundo estimativas, o que escalou a preocupação com o caso.
O mergulho na costa do Canadá com cinco pessoas a bordo começou às 8 horas no horário local (9h em Brasília) do último domingo (18), de acordo com a Reuters. A empresa OceanGate, que opera o Titan, diz que o submersível tem reserva de oxigênio para até 96 horas, ou quatro dias.
Segundo informações do The New York Times, dois veículos controlados remotamente participam das buscas no entorno dos destroços do Titanic. No final da tarde desta quinta, espera-se que mais um, com capacidade de chegar a 6.000 metros abaixo da superfície do oceano, junta-se à saga.
O veículo de propriedade da Magellan, uma empresa de mapeamento do fundo do mar, estaria sendo transportado do Reino Unido até St. John, na província canadense de Newfoundland —mesmo lugar de onde zarpou o Polar Prince, o navio que servia de base para o Titan e rebocava o submersível até a área onde ele operaria sozinho no Atlântico.
Na expedição atual embarcaram o bilionário britânico Hamish Harding, 58 (presidente-executivo da empresa Action Aviation), o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 48 (vice-presidente do conglomerado Engro), e seu filho Suleman, 19, e o francês Paul-Henry Nargeolet, 77 (mergulhador especialista no naufrágio). Além deles, o próprio dono da OceanGate, Stockton Rush, 61, está a bordo.
A companhia cobra US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão) por uma vaga no passeio de oito dias para ver os restos do transatlântico que afundou em sua viagem inaugural após bater num iceberg em 1912.