EUA apertam exigências, e viajantes terão que fazer teste de Covid na véspera do embarque
A medida, que deve começar a valer na próxima semana, atinge todos os viajantes internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará nesta quinta-feira (2/12) novas medidas de combate ao coronavírus a serem adotadas pelo país, incluindo mudança nos protocolos de entrada de viajantes internacionais.
Agora, será preciso apresentar um teste de Covid-19 com resultado negativo feito na véspera do embarque, e não de até três dias antes, como é exigido atualmente.
A medida, que deve começar a valer na próxima semana, atinge todos os viajantes internacionais, que também precisarão estar plenamente vacinados para entrar nos EUA.
Biden anunciará todas as medidas oficialmente na tarde desta quinta, mas parte delas foi antecipada pela Casa Branca. O governo busca dar uma resposta em meio ao avanço da variante ômicron, potencialmente mais contagiosa, que teve o primeiro caso registrado nos EUA na quarta (1º/12).
Para os viajantes, haverá também uma ampliação na exigência do uso de máscaras em aviões, trens e transporte público, até 18 de março de 2022. A multa mínima em caso de descumprimento será de US$ 500 (R$ 2.817) e poderá chegar a US$ 3.000 (R$ 16,9 mil) em caso de reincidência.
Ao todo, o plano de Biden terá nove pontos, com destaque para a ampliação da distribuição de doses de reforço das vacinas. Elas serão oferecidas a todos os adultos e deverão ser tomadas seis meses após a segunda dose das vacinas da Pfizer e Moderna, e dois meses após a aplicação da dose única do imunizante da Janssen.
Segundo a Casa Branca, o reforço será oferecido em 80 mil pontos no país, e mais de 41 milhões de americanos já receberam a dose extra.
O governo também irá ampliar a vacinação de crianças a partir de cinco anos, com o objetivo de dar mais segurança para as escolas permanecerem abertas. No país, 99% das instituições de ensino estão com aulas presenciais, segundo a administração Biden.
Há planos ainda para garantir que os negócios e empresas continuem abertos, e campanhas para que mais empregadores exijam a vacinação de seus funcionários.
Haverá um novo programa para facilitar a testagem em casa, que poderá ser obtida de forma gratuita, mas reembolsada pelo plano de saúde, na maioria dos casos.
Para ajudar o tratamento de infectados, o governo terá equipes médicas de resposta rápida, a serem enviadas aos estados onde houver alta súbita de casos.
A Casa Branca promete também aumentar o acesso a remédios para tratar a Covid e garantir que novas drogas aprovadas cheguem rapidamente a todo o país.
No cenário internacional, o governo Biden deve se comprometer a acelerar a doação de vacinas. Os EUA falam em fornecer 1,2 bilhão de doses a outros países, sendo que 200 milhões seriam entregues nos próximos cem dias.
Há ainda a perspectiva de expandir a produ ção de imunizantes no exterior, bem como acelerar a adaptação de vacinas para a nova variante, se for necessário. Estudos ainda estão sendo feitos para aferir a capacidade dos imunizantes atuais de conterem a ômicron.
Por Rafael Balago