Dólar sobe mais de 1% com aversão a risco
Às 9h10 (de Brasília), o dólar à vista avançava 1,06%, a R$ 4,9957 na venda
O dólar começava a segunda-feira (2/5) em forte alta contra o real, com um clima mais arisco no exterior mantendo a demanda pela divisa norte-americana, em início de semana que deve ser dominada pelas reuniões de política monetária dos bancos centrais de Brasil e Estados Unidos.
Às 9h10 (de Brasília), o dólar à vista avançava 1,06%, a R$ 4,9957 na venda.
Na B3, às 9h10 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,46%, a R$ 5,0405.
A divisa norte-americana fechou a última sessão com oscilação positiva de 0,07%, a R$ 4,9435.
Na última sexta-feira (29/4), o principal índice de Bolsa de Valores brasileira caiu 1,86%% e, com isso, o Ibovespa terminou abril com um tombo de 10,10%. É o pior fechamento mensal desde março de 2020, quando indicador afundou 29,9% devido ao início da pandemia de Covid-19.
No câmbio, o dólar subiu 3,82%% no mês, primeiro ganho mensal desde outubro do ano passado e maior alta em um período de 30 dias desde setembro de 2021. A cotação diária na sexta oscilou positivamente em 0,06%, a R$ 4,9430.
A inflação mundial faz os gestores do dinheiro apostarem cada vez mais que as principais economias globais serão forçadas a aumentar agressivamente seus juros para tentar conter a alta dos preços.
Essa preocupação é especialmente direcionada aos Estados Unidos, onde o Fed (Federal Reserve, o banco central do país) divulgará nesta semana uma nova elevação da taxa de crédito. Juros mais altos por lá atraem dólares para o Tesouro americano e, com isso, enfraquecem moedas de países emergentes e os mercados de ações.
Nos Estados Unidos, o índice de referência da Bolsa de Nova York caiu 8,80% em abril e, assim como ocorreu com o Ibovespa, teve o seu pior resultado mensal desde o tombo de 12,51% em março de 2020. No fechamento diário, o S&P 500 perdeu 3,63%.
O indicador Nasdaq, focado no setor de tecnologia, desabou 4,17% no dia. No acumulado de abril, o tombo atingiu 13,26%. É a maior queda desde o mergulho de 17,73% em outubro de 2008, ano da crise imobiliária americana.
O Dow Jones, que acompanha empresas de grande valor, caiu 2,77% no dia e, no mês, 4,91%. É também o pior resultado para o indicador desde a queda de 13,74% de março de 2020.