Dólar recua com exterior benigno, mas riscos fiscais domésticos seguem em foco
Às 9h06 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,35%, a R$ 5,2334 na venda
O dólar iniciava a semana com leves perdas frente ao real, em linha com a fragilidade da divisa norte-americana no exterior, embora participantes do mercado alertassem para a possibilidade de volatilidade nesta segunda-feira (27/6) devido à persistência de temores político-fiscais domésticos.
Às 9h06 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,35%, a R$ 5,2334 na venda.
Na B3, às 9h06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a R$ 5,2405.
Na última sessão, na sexta-feira (23/6), a moeda norte-americana spot teve alta de 0,43%, a R$ 5,2518, maior nível desde 8 de fevereiro deste ano (5,2604). O Ibovespa fechou em queda de 1,15% no acumulado da semana, a quarta consecutiva no vermelho.
O mercado doméstico sofre uma combinação de influências negativas. No exterior, apesar da melhora na última semana, o ambiente ainda é de aversão ao risco após a alta histórica dos juros nos Estados Unidos.
No Brasil, decisões do Executivo e do Congresso para ampliar gastos com auxílios para compensar a alta dos combustíveis em ano eleitoral colocaram no radar do mercado mais preocupações quanto ao risco fiscal.
Em Nova York, o índice de referência da Bolsa saltou 3,06%. A recuperação ocorreu sobre um patamar baixo. O S&P 500 acumula queda de 18% neste ano. Outros dois indicadores importantes para o mercado americano, Dow Jones e Nasdaq, subiram 2,68% e 3,34%.
“O dia foi de forte recuperação no exterior com o mercado comprando a tese de que os Estados Unidos estão no meio do caminho para vencer a inflação e, talvez, o Fed [Federal Reserve, o banco central americano], não precise voltar a subir os juros com tanta força”, comentou Vitor Carettoni, diretor da mesa de renda variável da Lifetime Investimentos.