Coleção de animais empalhados de R$ 150 milhões é confiscada na Espanha

Estima-se que a coleção de animais é a maior do país e uma das maiores da Europa

A Guarda Civil Espanhola apreendeu no domingo (10) uma coleção particular de 1.090 animais empalhados de um empresário. 400 deles pertencem a espécies protegidas ou ameaçadas de extinção.

Estima-se que a coleção de animais é a maior do país e uma das maiores da Europa e estaria avaliada em mais de 29 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões) no mercado negro.

Segundo as autoridades, as peças foram localizadas em dois grandes armazéns na cidade de Batéra, no norte de Valência. Desses animais, 405 pertenciam ao Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), uma convenção responsável pela regulação da compra e venda de espécies da fauna e flora, que também visa evitar o risco de extinção provocado pelo comércio internacional.

Muitas das espécies confiscadas já estão extintas, como é o caso do “órix dammah”, também conhecido como órix do Saara, um animal que deixou de existir no início do ano 2000, segundo a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

As autoridades espanholas também se depararam com outras espécies que estão próximas do desaparecimento, como o tigre de Bengala e o addax, popularmente conhecido como antílope branco.

Foram encontrados animais como guepardo, leão, leopardo, lince, urso polar, rinonceronte-branco e leopardo-das-neves. Outras objetos colecionados que chamaram a atenção dos oficiais foram cerca de 200 grandes presas de marfim de elefantes.

INVESTIGAÇÕES

A recuperação destes animais faz parte da operação “Valcites” que, segundo a Associated Press, foi iniciada em novembro, quando as autoridades espanholas descobriram a existência de uma coleção particular. Agora, os esforços da Guarda Civil estão direcionados aos crimes de contrabando de espécies da flora e fauna de diferentes localidades. O proprietário da coleção é suspeito de tráfico e outros crimes contra o meio ambiente.

A Guarda Civil também está analisando documentos fornecidos pelo responsável pelas peças apreendidas que possam comprovar a posse.

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