Centenas de funcionários deixam o Twitter após ultimato de Elon Musk

Bilionário deu até esta quinta (17) para funcionários decidirem entre alto desempenho na empresa ou demissão

Centenas de funcionários do Twitter devem deixar a empresa após o ultimato do novo proprietário, Elon Musk.

Na quarta (16/11), o bilionário enviou uma mensagem aos funcionários dizendo que teriam até esta quinta (17/11) para considerarem se querem continuar “trabalhando longas horas em alta intensidade” ou receber uma indenização de demissão constituída por três meses de pagamento.

Em uma enquete na plataforma Blind, que verifica o email corporativo dos funcionários e permite que compartilhem informações anonimamente, 42% de 180 pessoas escolheram a resposta “Escolhi a opção de sair, estou livre!”.

Outras 25% escolheram ficar “relutantemente” e apenas 7% dos participantes escolheram “cliquei sim para ficar, sou hardcore”.

Musk estava reunido com alguns funcionários importantes para tentar convencê-los a ficar, disse um funcionário atual e um funcionário recém-saído que está em contato com colegas do Twitter.

Embora não esteja claro quantos funcionários optaram por ficar, os números mostram a relutância de alguns funcionários em permanecer na empresa onde Musk se apressou em demitir metade de seus funcionários, incluindo a alta administração, e está mudando a cultura para enfatizar longas horas e um ritmo intenso.

A empresa notificou os funcionários de que fechará seus escritórios e cortará o acesso por crachá até segunda-feira (22), segundo duas fontes. Agentes de segurança começaram a expulsar funcionários do escritório na noite desta quinta-feira (17), disse uma fonte.

O Twitter, que perdeu muitos membros de sua equipe de comunicação, não se pronunciou.

Em um grupo privado com cerca de 50 funcionários da rede social no aplicativo Signal, quase 40 disseram que decidiram sair, de acordo com o ex-funcionário.

E em um grupo privado do Slack para atuais e ex-funcionários, cerca de 360 pessoas se juntaram a um novo canal chamado “demissão voluntária”, segundo uma pessoa com conhecimento do grupo Slack.

Uma pesquisa separada no Blind pediu aos funcionários que estimassem qual porcentagem de pessoas deixaria a empresa com base em suas percepções. Mais da metade dos entrevistados estimou que pelo menos 50% dos funcionários sairiam.

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