Autora de ‘Como Matar seu Marido’ é julgada por assassinar próprio marido
Ela matou o marido com tiros de pistola
A romancista Nancy Brophy, de 71 anos, foi a julgamento no estado americano do Oregon, nos Estados Unidos, pela morte do próprio marido, em 2018. E o que chamou a atenção nesse caso é que ela mesma é autora de um texto chamado ‘Como Matar o Seu Marido’, publicado em um blog em 2011.
Nele, ela descreve diversos motivos e métodos para assassinar os homens, mas pontua –”não quero passar nenhum tempo na cadeia”, e que seu interesse é apenas como escritora de suspenses românticos.
O fato é que Nancy foi presa três meses após o corpo de seu marido, o chef Daniel Brophy, ter sido encontrado numa cozinha do instituto onde ele lecionava, no Oregon. Eles foram casados por 27 anos. Ela matou Brophy a tiros, com uma pistola 9 mm.
Armas eram a primeira opção no texto que escreveu: “barulhentas, bagunçadas, requerem alguma habilidade. Se levar 10 tiros para o otário morrer, ou você tem uma mira terrível ou ele está drogado”. Desaconselhava o uso de matadores de aluguel ou veneno. “O arsênico é fácil de obter, pior, fácil de rastrear. Leva um mês ou dois para matar alguém. Além disso, eles ficam doentes o tempo todo. Quem quer sair com um marido doente?”, escreveu.
De qualquer forma, apesar da curiosidade, já no primeiro dia de julgamento, o magistrado Christopher Ramras afirmou que seria injusto que advogados usassem o ensaio de 2011 como evidência, segundo reportagem do The Washington Post.
A acusação diz que diversos problemas financeiros levaram a mulher cometer o homicídio para resgatar um seguro de vida no valor de US$ 1,4 milhão. A defesa responde que as finanças do casal estavam melhorando antes da morte de Daniel e que o fato de ela ter comprados armas na época tira sido em resposta a notícias de tiroteios e para pesquisas para seu livros.
Nancy é autora de títulos que estampam homens musculosos e seminus nas capas, como títulos como “The Wrong Husband” –o marido errado–, “The Wrong Lover” –o amante errado– e “The Wrong Brother” –o irmão errado–, sem publicação no Brasil.
Evidências como gravações de câmeras de segurança do instituto onde Daniel dava aulas mostram que ela esteve no local antes da chegada dele, e saiu logo após ele ter entrado, desmentindo o depoimento que ela prestou à polícia em 2018.
Seu julgamento havia sido adiado por causa da pandemia e agora deve durar algumas semanas.