Ataque a faca em creche mata ao menos 6 pessoas na China – Mais Brasília
FolhaPress

Ataque a faca em creche mata ao menos 6 pessoas na China

Vítimas são três crianças, um professor e dois pais de alunos; homem de 25 anos foi preso

Foto: Reprodução/Reuters

Um ataque em uma escola infantil deixou seis pessoas mortas, incluindo três crianças, e outra ferida nesta segunda-feira (10) na província de Guangdong, na China. Um homem de 25 anos foi preso.

Autoridades disseram que um professor, dois pais e três alunos de um jardim de infância foram mortos na ação. Os crimes aconteceram às 7h40 no horário local (ainda noite de domingo em Brasília). A polícia investiga o crime, e as vítimas não tiveram as identidades reveladas.

Os assassinatos geraram indignação. Até as 13h50 (horário local), o caso era o tópico mais discutido na plataforma Weibo, o equivalente ao Twitter chinês, com 290 milhões de visualizações. Alguns usuários questionavam a segurança nas escolas. “Por que casos como esses ainda continuam a acontecer?”

Embora crimes violentos sejam raros na China devido às leis rigorosas de controle de armas, houve vários incidentes de esfaqueamentos em pré-escolas nos últimos anos. Em agosto passado, três pessoas foram mortas e seis ficaram feridas em um esfaqueamento em uma creche na província de Jiangxi. Em 2021, um homem matou duas crianças e feriu outras 16 em uma escola na região sudoeste de Guangxi.

Os ataques contra crianças também chamam a atenção para a saúde mental, que muitas vezes passa despercebida devido ao estigma cultural associado às doenças mentais na China. Em 2017, um homem de 22 anos detonou um dispositivo explosivo do lado de fora de um jardim de infância na província de Jiangsu, matando a si mesmo e a algumas outras pessoas e ferindo dezenas.

O homem tinha um distúrbio neurológico e rabiscou palavras relacionadas a morte nas paredes de sua casa, segundo a mídia estatal. No mês passado, uma série de ataques violentos em Hong Kong também levantou a questão da saúde mental.

Especialistas em saúde mental apontam a pandemia da Covid-19 como um fator importante por trás do aumento dos problemas de saúde mental.