Tóquio muda regra de isolamento para atletas em contato próximo com Covid-19
Segundo informações do COB (Comitê Olímpico do Brasil), a nova orientação é para que as pessoas esperem isoladas apenas até a realização de um teste
A oito dias da abertura da Olimpíada de Tóquio, o comitê organizador do evento anunciou uma mudança em relação ao protocolo de isolamento para quem teve contato com pessoas contaminadas pela Covid-19.
Pressionada pelos comitês olímpicos nacionais, a organização informou chefes de missão nesta quinta-feira (15) que não será mais necessária uma quarentena de 14 dias para os chamados “contatos próximos”.
Segundo informações do COB (Comitê Olímpico do Brasil), a nova orientação é para que as pessoas esperem isoladas apenas até a realização de um teste. Se o resultado der negativo, as atividades podem seguir normalmente.
A nova diretriz segue o que consta na última versão do playbook (guia de regras sanitárias) do evento. Ao chegarem ao Japão nos últimos dias, porém, os comitês foram surpreendidos com uma informação nova: pessoas que tiveram contato próximo com infectados deveriam entrar em isolamento automático, mesmo sem um teste positivo.
Em geral, os exames em Tóquio ficam prontos no mesmo dia. Todos os integrantes dos países competidores são submetidos a testagem diária, feita a partir da coleta de saliva.
De acordo com as regras fixadas pelos organizadores da Olimpíada, o “contato próximo” é configurado quando as pessoas estiveram por mais de 15 minutos juntas, com menos de um metro de distância e sem máscara.
Situações do tipo em aviões ou refeitórios se enquadram, por exemplo. Ainda que a maior parte do tempo haja utilização de proteção no rosto, os momentos de retirada para alimentação se encaixam na definição de “contato próximo”.
O isolamento automático era a maior preocupação inicial do COB e de outros comitês, que viam a possibilidade de atletas perderem a competição sem estarem contaminados.
Nos últimos dias, já houve alguns casos de pessoas que tiveram que se isolar por conta da contaminação de outro membro da delegação, ou mesmo de um passageiro que chegou no mesmo voo e foi contaminado. Isso elevou a tensão entre os comitês e resultou na mudança anunciada nesta quinta.
Entre os brasileiros, também preocupou o fato de sete funcionários de um hotel em Hamamatsu, base do judô, terem sido infectados recentemente, segundo a prefeitura. De acordo com o COB, os judocas não tiveram contato com eles nem com outros colaboradores e usam até mesmo um elevador separado. Por isso, se sentem seguros e foram mantidos no local.