Quem é Júlia Soares, ginasta que conquistou público com solo ao som de Raça Negra
Estreante nas Olimpíadas, atleta é finalista na trave e tem movimento com seu nome no código de pontuação
Com samba no pé e instrumental do grupo Raça Negra, que faz muitos cantarolarem “dig dig dig iê”, a ginasta Júlia Soares, 18, estreou nas Olimpíadas de Paris-2024 no último domingo (28) e ganhou fãs. Ela volta a se apresentar nesta terça (30), na final por equipes.
Nascida em Curitiba, entrou na ginástica aos 4 anos, inspirada por sua irmã mais velha, Giovanna. Começou na categoria júnior em 2018, quando competiu no Troféu Cidade de Jesolo, na Itália, quando a seleção brasileira ficou em sétimo lugar.
No mesmo ano, ganhou ouro no individual geral e na trave no Campeonato Brasileira e se tornou campeã sul-americana júnior na trave —aparelho em que mais se destaca.
O começo em competições seniores foi em 2021, nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, competição em que o Brasil conquistou ouro por equipes. Foi nesse mesmo campeonato que Soares homologou um novo elemento no Código de Pontuação da FIG (Federação Internacional de Ginástica), o The Soares, que consiste em uma entrada de trave em vela com meia pirueta.
Foi a primeira ginasta a fazê-lo em uma competição. “As primeiras vezes eu batia a cara na trave”, disse durante entrevista ao podcast Mundo Real. “Deu muita satisfação na hora, eu olhei para a minha técnica e pensei que todo aquele trabalho realmente valeu a pena.”
Esse movimento foi usado nas classificatórias de Paris-2024 e aumentou sua nota de dificuldade. Sua apresentação no solo animou a torcida e rendeu a ela 200 mil novos seguidores nas redes.