‘Não pode acontecer’, diz Leal sobre virada sofrida pelo Brasil no vôlei
Seleção masculina de vôlei perdeu a semifinal das Olimpíadas de Tóquio para a Rússia, nesta quinta-feira (5/8)
A seleção masculina de vôlei perdeu a semifinal das Olimpíadas de Tóquio para a Rússia, nesta quinta-feira (5/8), e agora vai disputar a medalha de bronze no próximo sábado (7/8). Um dos momentos mais emblemáticos da partida foi a virada sofrida pelo Brasil no terceiro set, quando a equipe deixou escapar uma vantagem de sete pontos e acabou perdendo a parcial. Após a partida, Leal afirmou que uma virada assim “não pode acontecer”.
“Hoje em dia, a gente joga um alto nível de vôlei. Acho que eles cresceram muito no jogo depois do terceiro set e dificultou nosso jogo, a gente tentou jogar no quarto set, eles jogaram muito bem, praticamente não erraram”, opinou o ponteiro da seleção.
Para o jogador da seleção, a vitória de virada dos russos no terceiro set mudou o jogo. Ele disse que o Brasil errou bastante e acabou dando confiança para os adversários, que foram para o quarto set com mais ânimo.
“Acho que foi erro nosso. A gente tinha o jogo na mão”, disse Leal. “Se gente tinha que ganhar esse set [3º], aí o jogo era diferente. Aí eles ganharam depois de seis, sete pontos atrás e pegaram confiança. Jogaram no quarto set confiantes”, disse.
Agora, o Brasil volta a entrar em quadra na disputa pela medalha de bronze, contra Argentina ou França. Segundo Leal, a seleção precisa encarar a possibilidade de ficar em terceiro lugar como uma final.
“A gente é profissional. A gente não tá feliz, lógico, por perder a semifinal, mas temos que descansar e jogar o terceiro como se fosse uma final de novo”, concluiu. Wallace seguiu a mesma linha e afirmou que a disputa do bronze será como uma final.
“Não tem muito o que falar, tem que dar os méritos para eles. A gente pecou em alguns momentos, não conseguiu rodar algumas bolas e isso pesa bastante. Vamos jogar a disputa de terceiro como uma final para tentar medalha”, afirmou.
Wallace ainda afirmou que a virada dos russos no terceiro set, quando estava 20 a 12 para o Brasil, não abalou a equipe dirigida por Renan Dal Zotto.
“Acho que eles tinham se adaptado à nossa forma de jogar e a gente não conseguiu mudar novamente. A gente tentou. Disso tenho maior orgulho desse time, a gente não largou em momento algum.”
Matéria escrita por Beatriz Cesarini