Houve equívocos “inaceitáveis” na arbitragem do Brasileiro, diz Seneme
Dirigente da CBF anuncia medidas para aprimorar trabalho no 2º turno
O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Seneme, admitiu nesta terça-feira (26/7) que a primeira metade do Campeonato Brasileiro teve equívocos “inaceitáveis”.
A declaração foi feita durante um encontro com presidentes de clubes da Série A e B, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
“Os equívocos que ocorreram até agora, no primeiro turno, alguns são de interpretação, que podem ocorrer, porque fazem parte do jogo. Agora, outros realmente são inaceitáveis e têm que servir como divisor de águas. Eu, como presidente da Comissão de Arbitragem, assumo isso”, disse Semene, sem detalhar os erros.
“Fiquei na Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol] por oito anos. Dois anos como membro da Comissão de Arbitragem e seis anos como presidente da Comissão. [O começo]. Foi uma transformação e hoje se nota a diferença da arbitragem sul-americana. Não foi um sucesso do dia para noite. Recordo que, nos primeiros anos de Conmebol, ocorreram erros absurdos, inaceitáveis. Na Conmebol, esse período serviu como um divisor de águas”, recordou o dirigente.
Entre as medidas anunciadas por Seneme, está a realização de uma preparação no meio da temporada, de forma presencial, com 95 árbitros do país, entre os dias 1º e 5 de agosto, no Rio de Janeiro. Ele também informou que o áudio e o vídeo das principais checagens da arbitragem de vídeo (VAR) serão publicados em até 24 horas após realização da partida na Série A e 48 horas na Série B. Ainda conforme o dirigente, os juízes que integrarem um quadro com 128 profissionais homologados para atuar com o VAR participarão de sessões de treinamentos práticos e presenciais mensais, a partir do mês que vem.
“Tenho certeza que nós temos a capacidade de melhorar a arbitragem brasileira. Se os clubes tiverem um pouco de compreensão e nos apoiarem, isso vai facilitar muito o desenvolvimento. Vejo qualidade nos árbitros. A gente precisa se acercar deles, monitorá-los, para que melhorem o desempenho”, concluiu Semene.