Estados Unidos vencem Austrália e são bronze no futebol feminino – Mais Brasília
FolhaPress

Estados Unidos vencem Austrália e são bronze no futebol feminino

Liderada por Megan Rapinoe e Carli Lloyd, com dois gols cada, a equipe norte-americana bateu a Austrália de Sam Kerr por 4 a 3

Futebol feminino entre Estados Unidos e Austrália
Foto: Reprodução/Twitter

A seleção dos Estados Unidos ficou com o terceiro lugar no torneio feminino de futebol nas Olimpíadas de Tóquio. Liderada por Megan Rapinoe e Carli Lloyd, com dois gols cada, a equipe norte-americana bateu a Austrália de Sam Kerr por 4 a 3 nesta quinta-feira (5/8).

A partida foi muito movimentada e contou com golaços para as duas equipes. Os gols das australianas, que até o final pressionaram a zaga americana, foram marcados por Kerr, foord e Gielnik. Apesar de conseguirem criar menos jogadas durante a partida, as Matildas -apelido da seleção feminina da Austrália- conseguiram dificultar o caminho americano até a medalha.

Atuais campeãs olímpicas, as norte-americanas sofreram com atuações abaixo da média nas Olimpíadas de Tóquio. Elas estrearam com uma derrota por 3 a 0 para a Suécia e se recuperaram com uma goleada por 6 a 1 sobre a Nova Zelândia.

Contra a Austrália, o empate em 0 a 0 classificou os EUA em segundo do grupo. Nas quartas, passaram pela Holanda nos pênaltis e, na semifinal, foram derrotadas pelo Canadá.

A trajetória das australianas já foi mais como o esperado. O país vai sediar a próxima Copa do Mundo em 2023 e, com o quarto lugar em Tóquio-2020, se coloca entre as grandes potências da modalidade.

Classificada no terceiro lugar do mesmo grupo das americanas, a Austrália venceu a Nova Zelândia e foi derrotada pela Suécia, além do empate com os EUA, para avançar às quartas. O time superou as britânicas em uma partida recheada de reviravoltas que terminou em 4 a 3 na prorrogação das quartas. Por fim, as Matildas australianas foram derrotadas nas semis pela Suécia por 1 a 0.

A final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio, entre Suécia e Canadá, será realizada ainda nesta quinta (5/8), às 23h (de Brasília). Quem vencer conquistará o inédito ouro olímpico na modalidade.

O jogo

As norte-americanas começaram o jogo pressionando e empurrando as adversárias para o campo de defesa. A Austrália sequer tinha conseguido passar do meio campo e, ainda antes dos dez minutos, Rapinoe fez um gol de placa, batendo o escanteio direto pro fundo da rede de Micah.

Após abrir o placar, os Estados Unidos seguiram superiores, sem deixar as Matildas respirarem. Foi um erro na troca de passes na defesa norte-americana que colocou as australianas no jogo. Foord aproveitou a bola errada, esperou Kerr ultrapassar a defesa e enfiou para a camisa 2 mandar de canhota na saída da goleira e deixar tudo igual.

O gol acordou a Austrália, que quase virou no lance seguinte, em cabeçada de Kerr. Mas foram os EUA que ficaram na frente do placar de novo, minutos depois do empate. Após um corte mal feito por Kennedy dentro da área, a bola caiu direto no pé de Rapinoe. De voleio e de primeira, a craque do time fez mais um golaço de placa.

A desvantagem fez as australianas partirem para o ataque, se expondo mais. Os Estados Unidos ficaram perto de aumentar o placar, com chances de Press e Rapinoe. Já chegando no fim da etapa, as norte-americanas conseguiram se aproveitar de um vacilo das adversárias e ampliaram com Lloyd, em mais um belo gol das campeãs mundiais.

Na volta dos vestiários, não demorou muito para os EUA transformarem em goleada. Vivendo um dia para esquecer, Kennedy errou feio mais uma vez, ao recuar mal uma bola alta de Press, com Lloyd na cola. A camisa 10 foi mais rápida que as australianas e, sozinha na área, mandou por entre as pernas de Micah.

Mas a Austrália não se entregou ao placar e respondeu rápido, aproveitando um buraco na defesa adversária, que deixou Foord receber cruzamento pela direita sozinha, para mandar pro gol de cabeça. O desconto colocou fogo no jogo e as Matildas carimbaram a trave logo em seguida.

Com o desconto australiano, o jogo ficou mais aberto, as duas seleções seguiram buscando o ataque, mas com um ritmo mais cadenciado, mas sem levar o mesmo perigo de antes às adversárias. Administrando o resultado, os EUA seguraram bem a partida até os 45 do segundo tempo.

O jogo parecia caminhar para um final morno, mas Gielnik arriscou de fora da área e venceu a goleira americana, para colocar mais emoção nos minutos finais. Pressionados, os Estados Unidos seguraram a bola, enquanto as adversárias buscavam aquele gás final com bolas aéreas, mas sem sucesso.