Como Fluminense tenta chancela de título de 52 como Mundial

O time tricolor pede à Fifa o reconhecimento da Copa Rio de 1952 como Mundial. O clube aguarda respostas da entidade máxima do futebol

Após o título inédito da Libertadores, o Fluminense vai disputar o Mundial de Clubes da Fifa pela primeira vez. Mas a caminhada em Jeddah, na Arábia Saudita, será rumo ao bi?

O time tricolor pede à Fifa o reconhecimento da Copa Rio de 1952 como Mundial. O clube aguarda respostas da entidade máxima do futebol.

O Fluminense trata o título desta forma na sala de troféus e em publicações no site oficial. Há também a inscrição “Campeão Mundial 1952” pintada no estádio das Laranjeiras.
O clube faz ações neste sentido desde 2012, e o movimento ganhou maior intensidade nos últimos anos.

Foi feito um dossiê sobre aquela conquista e entregue à CBF, Conmebol e Fifa, em 2016. O material deu origem ao livro “Campeão Mundial – O Bravo Ano de 1952”, e lançado no ano seguinte.

Rogério Caboclo, então presidente da CBF, foi à sede do clube e debateu o assunto, em outubro de 2020.
Com o apoio da entidade brasileira, o time tricolor reenviou o dossiê à Fifa, no começo de 2021.

Um dos argumentos do clube carioca é que o torneio teve a chancela de dirigentes da Fifa à época, como Jules Rimet, Stanley Rous e Ottorino Barassi.

A COPA RIO DE 1952
A Copa Rio foi disputada no Rio de Janeiro e contou com Áustria Viena (Áustria), Grasshopper (Suíça), Libertad (Paraguai), Peñarol (Uruguai), Saarbrucken (Alemanha) e Sporting (Portugal), além de Fluminense e Corinthians, campeões carioca e paulista, respectivamente.

O Tricolor jogou no grupo com Peñarol, Sporting e Grasshopper e terminou na liderança, com cinco pontos – duas vitórias e um empate. Na semifinal, venceu os dois jogos contra o Austria Viena.

A final foi entre o Tricolor e o Alvinegro – o primeiro jogo foi 2 a 0 para os carioca, enquanto o segundo foi 2 a 2. O time era comandado por Zezé Moreira e tinha nomes como Castilho, Píndaro, Pinheiro, Bigode, Didi, Telê e Orlando Pingo de Ouro.

“Vale destacar que a Uefa nem existia ainda. A entidade surgiu dois anos depois, e a Liga dos Campeões, em 1955. A Conmebol já existia, mas a Libertadores só surgiu de 1960 em diante. Logo, de certa maneira, a Copa Rio, que ainda teve o pioneirismo de receber naming rights do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, conseguiu trazer uma imensa alegria para o povo fluminense, que vinha de uma enorme tristeza com a derrota do Brasil em solo carioca na Copa”, completou.

PALMEIRAS BUSCA POR 1951
Campeão da Copa Rio de 1951, o Palmeiras também busca o reconhecimento da competição como Mundial.
Em 2012, inclusive, antes de um duelo pelo Brasileiro, Fred e Marcos Assunção, capitães de Flu e Palmeiras, trocaram faixas com os dizeres “Campeão Mundial”.

Por Alexandre Araújo 

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