Alison dos Santos passa à semi dos 400 m com barreiras em dia de eliminações
Brasileiro, um dos favoritos ao pódio, ficou em segundo lugar na primeira bateria classificatória e garantiu vaga nas semifinais
Alison dos Santos, um dos favoritos ao pódio, ficou em segundo lugar na primeira bateria classificatória e garantiu vaga nas semifinais dos 400 m com barreiras.
O brasileiro completou a prova em 48s42, atrás apenas de Arderrahman Samba, do Qatar. O brasileiro volta à pista no domingo (1º), às 9h15, para a disputa da segunda eliminatória da semifinal. A marca de Alison foi a segunda melhor no geral. O norueguês Karsten Warholm, recordista mundial e favorito ao ouro, fez o sexto tempo (48s65).
Nesta fase, os quatro primeiros de cada série avançaram para a semi. Na bateria de Alison, Abdelmalik Lahoulou (Argélia) e Kemar Mowatt (Jamaica) também passaram.
Após a prova, o brasileiro disse, em entrevista à SporTV, que conseguiu o seu objetivo de passar com tranquilidade.
Campeão do Pan de 2019, Alison foi o primeiro brasileiro a correr a prova abaixo dos 48 segundos. Ele falou que os Jogos são um ótimo ambiente para bater recordes. “A prova foi muito forte. Todo o mundo estava bem, e o nível técnico está altíssimo”, disse Santos.
“Estou muito feliz realmente. A gente veio conhecer o estádio dois dias antes da prova, é um lugar magnífico. Só fico um pouco triste de não ter público, mas temos que aproveitar o momento”, completou.
Já o brasileiro Márcio Teles participou da terceira bateria classificatória e não conseguiu avançar na competição. Ele fez 49s70 e ficou na sétima colocação na eliminatória.
No salto em altura, os brasileiros Thiago Moura e Fernando Ferreira foram eliminados na etapa de qualificação. Os dois tiveram seu melhor salto na marca de 2,21 m, insuficiente para a final.
A trajetória de Moura e Ferreira foi idêntica. Eles superaram o sarrafo em 2,17 m na primeira tentativa e precisaram de três saltos para obter 2,21 m. Na sequência, gastaram sem sucesso as três chances de cada um para alcançar 2,25 m. Dos 33 atletas, 13 atingiram 2,28 m e disputam a final.
Nos 100 m feminino, a brasileira Rosângela Santos fez o quinto melhor tempo na bateria. Somente as três melhores atletas passavam.
Pela classificação geral, Rosângela não passou às semifinais. A brasileira ficou em 28º no geral com o tempo de 11s33, sua melhor marca no ano.
Enquando isso, Vitória Rosa desistiu dos 100 m para se preservar para os 200 m e revezamento 4×100 m.
Depois de ficar fora da final dos 3.000 m com obstáculos, Altobeli da Silva desabafou: “Estou pensando se isso tudo vale a pena”.
Perto do fim da prova, ele tocou em uma das barreiras, perdeu tempo e ficou para trás, terminando a bateria em nono. Assim, ficou distante de avançar à próxima etapa.
Após a corrida, ao SporTV, ele não só lamentou a derrota, mas também questionou se fazia sentido abrir mão de tantas coisas na vida e se isolar durante a pandemia.
“Estou me sentindo muito mal, chateado. Eu sei quanto eu treinei, quanto eu batalhei, de quanto eu abri mão e quanto me empenhei. É uma frustração muito grande. O problema é abrir mão de tudo isso e se isolar, aí você espera um resultado bom e acontece o que aconteceu”, afirmou.
“Minha vontade, por dentro, é de chorar. Eu treinei muito para estar aqui, merecia me classificar. Fiz os melhores treinos da minha vida. Em 2016, eu fui finalista e não treinei o que treinava agora.”