Gabriel Bandeira é prata nos 200m livre S14 e conquista sua 2ª medalha
Além dele, o país foi ao pódio na natação nesta sexta-feira no Japão com Carol Santiago
Um dos grandes nomes da delegação brasileira já na sua primeira participação nos Jogos, Gabriel Bandeira conquistou nesta sexta-feira (27/8) sua segunda medalha na natação nas Paralimpíadas de Tóquio. Depois do ouro nos 100m borboleta da classe S14 (para atletas com deficiência intelectual), o brasileiro ganhou a prata nos 200m livre da S14. Além dele, o país foi ao pódio na natação nesta sexta-feira no Japão com Maria Carolina Santiago, que faturou bronze, e Wendell Belarmino, agora campeão paralímpico.
O britânico Reece Dunn levou o ouro com direito a novo recorde mundial, com 1min52s40, pouco à frente de Gabriel, que terminou a prova com 1min52s74. O russo Viacheslav Emeliantsev, com 1min5ss58, completou o pódio.
“Nadei muito bem. Eu e ele (Dunn) nadamos para baixo do recorde [mundial], foi uma prova muito forte. Na realidade, não (esperava duas medalhas em duas provas). Estava colocando tanta energia para os 100m borboleta que as próximas provas vão caminhar junto. Estou muito feliz e com dor”, disse ao SporTV.
Na prova desta sexta-feira, Gabriel foi apenas o quinto a virar nos primeiros 50m. Porém, o brasileiro cresceu no decorrer da prova, assumiu a segunda posição e pressionou Dunn nos metros finais.
O britânico chegou a abrir mais de um corpo de vantagem para os demais nadadores, mas foi perseguido por Gabriel nos últimos 50m. O brasileiro diminuiu a diferença, mas não a ponto de bater na frente do medalhista de ouro, que melhorou seu próprio recorde mundial em 56 centésimos e baixou em quatro segundos o antigo recorde paralímpico.
Gabriel foi o responsável pela primeira medalha de ouro do Brasil nas Paralimpíadas, na quarta-feira, no primeiro dia de competições no evento, estabelecendo o recorde paralímpico nos 100m borboleta da S14. Ele ainda vai nadar os 100m costas e os 100m peito e é o favorito ao ouro nos 200m medley, sempre na mesma classe, única voltada a deficientes intelectuais.
O brasileiro é uma cara nova na natação paralímpica e disputa, em Tóquio, apenas sua segunda competição internacional. Ele era atleta do Minas Tênis Clube na natação convencional quando, no ano passado, incentivado por seu treinador, fez testes que apontaram uma deficiência intelectual. Com isso, o paulista de Indaiatuba passou a ser elegível para a natação paralímpica e mudou de clube, para o Praia Clube, de Uberlândia (MG), onde agora mora e treina.