O que você precisa saber sobre a abertura das Olimpíadas-2021

O Brasil terá apenas quatro representantes no Estádio Olímpico de Tóquio, o número mínimo de atletas e oficiais exigidos pelo COI (Comitê Olímpico Internacional)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio terá início às 8h da manhã (de Brasília) desta sexta-feira (23). A TV Globo, o SporTV e o Bandsports vão transmitir o evento. O Brasil terá apenas quatro representantes no Estádio Olímpico de Tóquio, o número mínimo de atletas e oficiais exigidos pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).

Estarão presentes o chefe da missão e vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco La Porta, a judoca Ketleyn Quadros e o jogador de vôlei Bruninho –ambos porta-bandeiras da delegação–, além de um oficial administrativo a ser definido.

O estádio na região de Shinjuku será palco do começo formal de uma Olimpíada sem precedentes: trata-se da primeira edição adiada da história (de 2020 para 2021) e, provavelmente, a única em que a maioria da população local teme e rejeita as competições. Na véspera da cerimônia, as ruas da cidade escutam com frequência o som das sirenes de ambulâncias e o barulho do trânsito, mas parecem surdas aos apelos das autoridades para que os japoneses recebam os Jogos de braços abertos.

Com a chancela do imperador Naruhito e diante de poucos chefes de Estado, a festa que dará início oficial ao evento pretende passar a mensagem de que o esporte pode inspirar e ajudar o mundo a enfrentar a pandemia de Covid-19 em meio a críticas internas e externas em torno de sua realização.
O comitê organizador tem dado poucas indicações do roteiro da cerimônia. O que se sabe até agora é que a abertura, cuja duração prevista é de três horas, deve lembrar que a pandemia, ainda pujante em diversas partes do mundo, teve impacto no cotidiano das pessoas e mudou as relações entre elas.

O slogan escolhido para o evento foi “unidos pela emoção”, e a expectativa é a de que a cerimônia explore a ideia de que Tóquio-2020 pode levar coragem e esperança num momento difícil, algo que o comitê local tem chamado de “o poder do esporte”.

As arquibancadas do estádio palco da festa, com capacidade para 68 mil pessoas, estarão vazias devido à decisão que vetou a presença de público nos espaços das competições.
Poucos chefes de Estado devem prestigiar o evento. Espera-se a presença de no máximo 30 líderes, cifra inferior aos cerca de 40 que estiveram no Rio em 2016. A grande estrela anunciada é a primeira-dama dos EUA, Jill Biden.

O governo brasileiro enviou como representante do presidente Jair Bolsonaro o ministro da Cidadania, João Roma, a quem a secretaria especial de Esporte é vinculada.
É em meio a esse cenário de apreensão e protocolos que o comitê local, dirigido desde fevereiro por Seiko Hashimoto, quer convencer japoneses e estrangeiros que a Olimpíada é viável e, por que não, necessária.

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