Mãe de Paulo Gustavo chama Bolsonaro de ‘idiota’ por debochar da Covid-19
Publicação foi feita no Instagram em protesto às 500 mil mortes pela doença
Déa Lúcia Amaral, mãe do ator e humorista Paulo Gustavo, chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “idiota” em publicação numa rede social nesta terça (22/6).
Déa Lúcia compartilhou uma imagem de Bolsonaro com uma tabela com número de mortes por Covid-19 de alguns países e suas respectivas populações. “E esse idiota debochando da COVID agredindo a jornalista e falando palavrão. #forabolsonaro”, escreveu na legenda.
O Brasil ultrapassou a marca de 500 mil mortes no sábado (19/6). Paulo Gustavo morreu em maio, vítima do novo coronavírus.
No começo de junho, em outra publicação nas redes sociais, Déa Lúcia comparou a “assassino” quem desobriga o uso de máscara. Na ocasião, o presidente Bolsonaro afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, preparava parecer para desobrigar vacinado e quem já se infectou de usar máscara.
Deá Lúcia compartilhou tuíte da professora da USP Deisy Ventura que dizia: “Um aviso. Quem disse a você para deixar de usar a máscara durante uma pandemia descontrolada é um assassino. Saia de perto, corte relações. Não presta”. E escreveu na legenda: “Eu assino embaixo. Usem máscara amigos”.
A mãe do humorista não é a única da família que critica Bolsonaro. A produtora Juliana Amaral, irmã do ator, publicou uma carta ao presidente recusando suas condolências. “Nunca mais ponha na sua boca o nome do meu irmão”, afirmou ela no texto, publicado no fim de maio.
“Essa boca que disse não à vacina e condenou tantos à morte, essa mesma boca que debochou imitando pessoas com falta de ar, pessoas que viveram o horror que meu irmão viveu, não pode ser usada para pronunciar o nome dele nem lamentar a morte de todos os vitimados pela Covid”, continuou.
Ela também afirmou que soube das condolências enviadas por Bolsonaro após a morte do ator, mas que só naquele momento conseguiu responder: “Espero que o senhor não despeje sobre minha família os seus mais sinceros sentimentos, pois eu não os aceito”, disse.
(Por Mônica Bergamo)