Luva de Pedreiro paga R$ 31 mil em juízo, após mês sem ganhos da era Falcão

A prestação de contas feita por Luva indicou a receita de R$ 103,6 mil em julho

O influenciador Iran Santana Alves, o Luva de Pedreiro, fez o primeiro depósito em juízo desde que começou a disputa com o ex-empresário, Allan Jesus. O repasse referente a julho foi de R$ 31 mil.

Por decisão judicial, ele terá que enviar 30% dos ganhos mensais até atingir R$ 5,2 milhões -a multa mínima prevista no contrato que tinha com o antigo gestor da carreira e sócio. O UOL apurou que o repasse foi de R$ 31 mil porque a prestação de contas feita por Luva indicou a receita de R$ 103,6 mil em julho.

Mas essa verba não veio de contratos assinados na gestão Falcão, que assumiu o lugar de Allan. Trata-se de rendimentos gerados por um depósito feito pelo empresário anterior, fruto de contratos assinados entre 25 de fevereiro e 21 de junho.

Os acordos anteriores, com Amazon Prime Video e Pepsi, por exemplo, previam que o dinheiro caísse na conta da ASJ Consultoria, de Allan Jesus, ou na empresa aberta em sociedade com Iran e outro influenciador, Vitor Mello. O extrato apresentado à Justiça pelos advogados do Luva de Pedreiro indica que o TED foi feito da conta da empresa “O Cara da Luva de Pedreiro LTDA”.

Os advogados do Luva, que atuam no caso a partir da junção de Iran com Falcão, alegaram que não houve mais receitas porque “durante o conturbado período de transição, não houve o recebimento de nenhum valor decorrente dos novos contratos firmados”. Além de Falcão, a carreira do Luva é gerida também por Marcelo Seiroz, o Batata, e Mozyr Sampaio.

A promessa da defesa de Iran no processo é de que “os frutos pelo excelente trabalho realizado pela sua atual equipe serão colhidos a partir do mês de agosto, com o recebimento da sua remuneração mensal, além de eventuais remunerações pelos trabalhos publicitários realizados”.

O primeiro contrato assinado pelo Luva de Pedreiro sob a gestão dos novos empresários foi com a Adidas e terá duração de 18 meses. Falcão ainda disse em entrevista que pagaria R$ 100 mil ao influenciador mensalmente.

Antes, sob a condução de Allan, o Luva de Pedreiro assinou com a Pepsi por US$ 50 mil (cerca de R$ 268 mil), em um contrato que o levou para a final da Champions League e à gravação de comerciais da marca de bebidas. O maior contrato, no entanto, é com a Amazon Prime Video: R$ 1,5 milhão.

Os advogados do Luva disseram ao juiz que não houve qualquer informação por parte de Allan sobre “qual seria sua origem do valor transferido, bem como não houve qualquer prestação de contas, com informações como valor integral, data do recebimento, contrato de origem, recolhimento de impostos, entre outras informações necessárias para apurar a regularidade da situação”. A defesa do empresário, por outro lado, alega que os dados foram enviados por e-mail.

O processo tramita na 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Anteriormente, a defesa do Luva de Pedreiro tentou derrubar a obrigatoriedade do repasse de 30%, mas o juiz do caso negou.

As partes estão em litígio porque Iran argumenta ter assinado o contrato sem a orientação de um advogado e que não tem condições de entender as cláusulas do acordo. Allan alega que o influenciador é alfabetizado e leu as cláusulas para ele. O empresário tem direito a 50% dos ganhos do Luva de Pedreiro e a parceria seria de quatro anos. Durou quatro meses.

Por IGOR SIQUEIRA

 

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