A presença de Lina, como é registrada e se apresenta aos amigos, também tem movimentado as buscas do Google. No dia 20, quando pisou pela primeira vez na “casa mais vigiada do país”, ela gerou um pico de buscas no Google para a expressão “diferença entre trans e travesti”.
A informação aparece em um levantamento da ViU Hub, unidade digital de mídias sociais da Globo. Segundo a pesquisa, houve um crescimento de 615% dessa busca com relação aos 12 últimos meses. Outro destaque do relatório foi o pico de menções positivas no Twitter sobre Tadeu Schmidt, no apresentador do reality show, após o discurso que ele fez no primeiro paredão, no dia 25.
Mas, afinal, qual a diferença entre trans e travesti? Segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), transexuais são pessoas que apresentam uma identidade de gênero diferente da que foi designada no nascimento.
Ou seja, trata-se de alguém que nasceu biologicamente com um sexo com o qual não se identifica. Isso pode envolver a modificação da aparência ou da função corporal por meios cirúrgicos, ou ainda da vestimenta, do modo de falar e de outros maneirismos.
Já travestis, para a Antra, são “pessoas que vivem uma construção de gênero feminino, oposta à designação de sexo atribuída no nascimento, seguida de uma construção física, de caráter permanente, que se identifica na vida social, familiar, cultural e interpessoal, através dessa identidade”.
A Transcendemos, consultoria de inclusão e diversidade, explica que o termo era considerado “pejorativo ou associado à prostituição” durante muito tempo. “Contudo, atualmente o conceito vem sendo ressignificado e passou a ter mais peso político”, diz a organização. “Há pessoas que afirmam com orgulho que são travestis devido à história do termo.”
Vale lembrar que, por ser uma identidade de gênero exclusivamente feminina, usa-se a travesti, e não “o”, como fazem erroneamente algumas pessoas. O termo “traveco”, que chegou a ser usado por Rodrigo dentro do BBB, também é considerado ofensivo.
Outra informação importante é que a identidade de gênero não tem a ver com a orientação sexual. Tanto pessoas trans quanto cis (aquelas que se identificam com o sexo designado no nascimento) podem ser heterossexuais, homossexuais ou bissexuais.