Gianecchini rebate ataques por interpretar drag queen no teatro: ‘Psicopata, tudo bem’
Ator lembra papel de vilão abusador em 'Bom Dia, Verônica' e desabafa sobre 'Priscilla': 'Falam coisas inacreditáveis'
Em cartaz como Tick/Mitzi, protagonista de “Priscilla, a Rainha do Deserto”, Reynaldo Gianecchini rebateu críticas e ataques lgbtfóbicos que vem recebendo na internet.
Em um desabafo publicado em suas redes sociais, o ator lembrou de seu último papel de destaque na TV, o abusador Matias de “Bom Dia, Verônica” (Netflix). “Um cara terrível, quase um psicopata”, descreve. “E a série foi muito bem recebida porque levantou discussões importantes. Recebi muitos comentários positivos sobre o meu trabalho”, conta.
“Agora estou fazendo uma drag queen no teatro. E sim, muita gente adora, vai ver a peça e fica maravilhado. Mas estou recebendo um monte de comentários negativos de pessoas que misturam o personagem com minha vida pessoal e destilam toda a sua raiva, seus preconceitos, falam coisas inacreditáveis”, desabafou.
“Queria falar assim para essas pessoas: um psicopata vocês não gritaram, não acharam ruim e não confundiram com a minha vida pessoal, mas uma drag queen sim. Muita gente não quer me ver nesse papel, querem me cancelar. Curioso né? Um psicopata é legal, uma drag queen não é. Você vê porque a gente tem que fazer esses personagens? Por que temos muito para falar ainda”, conclui o ator.
Giane foi apoiado nas redes sociais por amigos e colegas de profissão como Claudia Raia, Luís Miranda, Marisa Orth, Luiz Fernando Guimarães e Marcos Palmeira.
Em um segundo vídeo, ele enaltece o trabalho das drag queens. “Para quem confunde meus personagens com minha vida pessoal eu digo: sou ator. Não ganho a vida fazendo drag queen. Mas se essa fosse a minha escolha, ficaria muito feliz. São artistas que admiro. O que não admiro e jamais queria ser é um cara preconceituoso, que dissemina ódio, raiva, que não é empático, que não vive a vida de verdade e segue que nem gado”, encerrou.