Diretor de novelas da Globo é acusado de prometer personagem em troca de favores sexuais

Leonardo Nogueira, diretor de novelas e séries da TV Globo, está enfrentando um processo judicial movido por uma mulher com quem ele teria tido um relacionamento em troca de um papel na próxima novela das sete da emissora. Cássia Carolina Picchi Apolônio, que se apresenta como artista em seu perfil no Instagram, está pedindo R$ 2 milhões de indenização por ter sido enganada com a promessa de ser escalada para a próxima produção dirigida por ele, em troca de favores sexuais.

Nogueira é casado com a atriz Giovanna Antonelli desde 2009 e atualmente ela interpreta a personagem Helô na novela “Travessia” da Globo.

As conversas entre Nogueira e Picchi foram incluídas no processo para comprovar a relação entre ambos e a promessa de colocar Cássia na novela “Fuzuê“, de Gustavo Reiz. A produção substituirá “Vai na Fé” na faixa das 19h30.

As conversas incluem diálogos íntimos, referências a possíveis encontros e comentários sobre vídeos enviados pela atriz ao diretor.

De acordo com informações apuradas pelo F5, Nogueira foi informado no final de janeiro pelo diretor dos Estúdios Globo, Ricardo Waddington, que seria afastado do posto de diretor da novela em razão da denúncia, que já estaria sendo investigada pelo departamento de compliance da Globo. Waddington anunciou então sua substituição por Fabricio Mamberti, o que gerou constrangimento nos bastidores.

O advogado do diretor, Max Torres, negou as acusações e disse que Cássia Picchi responde a um processo de extorsão contra o seu cliente. Segundo Torres, a atriz chegou a ser presa em flagrante em uma academia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, no início deste ano, por ameaças de divulgação de supostas mensagens íntimas trocadas pelos dois.

A TV Globo alega que “Leonardo Nogueira pediu afastamento do trabalho por motivos de saúde, com licença médica pelo INSS.”

“A Globo não comenta questões relacionadas a Compliance“, segue a nota, “e aproveita para reiterar que mantém um Código de Ética, que deve ser seguido por todos os seus colaboradores, e uma Ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação ao Código. Todo relato é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento e as medidas necessárias são adotadas.”

“Leonardo está sendo vítima de vários crimes: injúria, danos morais e extorsão”, afirmou seu advogado.

Por Fabrício Moretti, do Mais Goiás

*Com informações do F5