Anitta diz que nunca usou Lei Rouanet e revela origem de tatuagem no ânus
Cantora foi quem deu início a uma série de investigações em torno de shows de sertanejos pagos por prefeituras
“Meu cachê é esse. Quer assim? Bem”, disse Anitta durante entrevista ao Fantástico exibida neste domingo (5), quando comentava sobre a “CPI do sertanejo”, como ficou conhecida nas redes sociais a polêmica sobre cachês milionários a sertanejos como Gusttavo Lima pagos por prefeituras Brasil afora.
A cantora também afirmou que nunca usou a Lei Rouanet, motivo pelo qual foi criticada pelo sertanejo Zé Neto em show. “Meu irmão é que cuida para mim das coisas. Eu liguei para o meu irmão e para o meu outro sócio, Daniel, e falei: ‘Gente, eu já usei essa lei? Porque eu não lembro’. Eles falaram: ‘não'”.
“Como a gente começou a nossa empresa do nada, a gente tá sempre contratando auditoria, porque a gente sempre tá com medo de fazer algo, por falta de conhecimento”, explicou. Ela disse, ainda que já recebeu propostas de desvio de verba. “Eu já recebi propostas. Eu e meu irmão. ‘Você cobra tanto, aí eu vou e pego um pedaço’. Eu falei não.”
Anitta ainda contou a história por trás da tatuagem que fez no ânus, há cerca de um ano. Segundo ela, partiu de uma brincadeira com o pai, que queria fazer um tatuagem. Ela desafiou, então, a tatuar a parte mais sensível do corpo para incentivá-lo.
Involuntariamente, Anitta foi quem deu início a uma série de investigações em torno de shows de sertanejos pagos por prefeituras. Tudo começou quando Zé Neto ironizou, durante uma apresentação, o uso da Lei Rouanet e uma tatuagem íntima da cantora.
A polêmica colocou o Ministério Público na cola de administrações públicas de cerca de 30 cidades de Roraima, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Desde então, o episódio tem levado a importantes revelações sobre o uso de verba pública em megaeventos de sertanejos.
Na semana passada, por exemplo, foi revelado que a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, uma cidadezinha mineira, pagaria ao cantor Gusttavo Lima um cachê de mais de R$ 1 milhão, com uma verba que só pode ser destinada à saúde, educação, ambiente e infraestrutura.
Hoje, 29 cidades pelo país têm shows investigados pelo Ministério Público. A maioria deles são de eventos de Gusttavo Lima, mas Xand Avião e Wesley Safadão também aparecem entre os cachês suspeitos.